C14

, 1955

Joaquim Rodrigo

Óleo sobre tela

90 × 90 × 90 cm
Inv. 2369
Historial
Doação de Maria Henriqueta Rodrigo em 1998.

Exposições
Lisboa, 1956; Lisboa, 1999, 177, cor; Lisboa, 2001; Castelo Branco, 2002, 101, cor; Lisboa, 2002; Lisboa, 2004; Lisboa, 2006.

Bibliografia
Primeiro Salão dos Artistas de Hoje, 1956, 61; GAC, 1999, 110-13; LAPA, 1999, 28-29, 176-77, cor; LAPA, 2000, 42, cor; Novas Aquisições e Doações 2000/2001, 2001; Figuração e Abstracção nas Colecções (…), 2002, 100, 101, cor.
Nesta obra, a consciência do papel da forma estabelecida pelos limites da superfície da pintura é radicalizada, ao ponto de a tela assumir a forma triangular e, consequentemente, a implicar como um participante activo na composição e significação geral da pintura. O triângulo torna-se a forma matricial que determina a estrutura da composição formada por segmentos de elipse. Uma unidade entre a forma e o espaço, onde aquela tem lugar, é absoluta e a correspondência entre o interior e o exterior da pintura torna-se evidente. Em 1955, Joaquim Rodrigo antecipava, num gesto inédito, muitos dos problemas com que a pintura pré-minimalista norte-americana se viria a confrontar anos mais tarde. O esquema cromático algo invulgar, reduzido ao preto, branco e amarelo, aproxima-se das teorias da cor de Auguste Herbin, no entanto só em desenvolvimentos posteriores Joaquim Rodrigo se aproximaria de uma unidade plena da relação entre a forma e a cor.

Pedro Lapa