Lisboa Oropeza

, 1969

Joaquim Rodrigo

Vinílico sobre platex

97 × 146 cm
assinado e datado
Inv. 2415
Historial
Doacção de Paulo Jorge Santo em 2000.

Exposições
Lisboa, 1969, 71, p.b.; Lisboa, 1972, 64; Lisboa, 1972, s.n.º, p.b.Lisboa, 1973, s.n.º, p.b.; Lisboa/ S. Paulo/ Rio de Janeiro, 1994, 132, cor; Lisboa, 1999, 251, cor; Lisboa, 2001, s.n.º, cor; Lisboa, 2002; Lisboa, 2008; Lisboa, 2008; Lisboa, 2011; Tomar, 2011.

Bibliografia
Exposição de Artes Plásticas, 1969, 71, p.b.; Prémio de Artes Plásticas Soquil, 1972, s.p., p.b.; 26 Artistas de Hoje, 1973, s.p., p.b.; RODRIGO, 1982, s.n.º, cor e p.b.; SILVA, 1994, 132, cor; CHICÓ, 1999, 270, cor; LAPA (et. al.), 1999, 251, cor; LAPA, 2000, capa, cor; LAPA, 2001, s.n.º, cor.
A figuracção é esquemática e sintética ou faz uso de esboços topográficos, respeitando sempre bidimensionalidade; recursos já conhecidos da prática do artista. Também a narrativa está presente nestas pinturas e supõe a articulacção dos signos visuais isoladamente dispostos no plano. As afinidades cartográficas são declaradas e constituem o entendimento da pintura desta fase de Joaquim Rodrigo. Ela revela-se um agenciamento de pequenas perceções acopladas a um movimento, ou seja, uma viagem ou mais geralmente um troço de viagem. A paisagem, que inevitável mente remeteria para um todo, desaparece num campo de múltiplas forças que constituem as perceções que a pintura cartografa como acontecimentos, isolados na sua singularidade, mas como que arrastados pelo movimento sempre suposto. Os signos suscitam diferentes cores que se organizam em estrita conexão com a sua distribuição dentro do sistema ortogonal que definem um aqui e agora absolutos a partir dos quais se desdobram as dimensões espaço e tempo que a pintura produz.

Pedro Lapa