C20

, 1955

Joaquim Rodrigo

Óleo sobre tela

89 × 189 cm
assinado e datado
Inv. 2596
Historial
Doação de Maria Henriqueta Rodrigo em 1998.

Exposições
Lisboa, 1956, 61; São Paulo, 1957, 10; Lisboa, 1999, 179, cor; Lisboa, 2001; Castelo Branco, 2002, 103, cor; Lisboa, 2006; Lisboa, 2009.

Bibliografia
Primeiro Salão dos Artistas de Hoje, 1956, 61; 9 Pintores de Portugal na IV Bienal (…), 1957, 10; RODRIGO, 1982, p.b.; LAPA, 1999, 30-31, 179, cor; LAPA, 2000, 45, cor; Figuração e Abstracção nas Colecções (…), 2002, 102, 103, cor.
O problema que aqui se equaciona novamente é a definição de um sistema rigoroso de desenho através da intersecção de um sistema ortogonal sobre um módulo rectangular e da divisibilidade das formas resultantes pela acção de diagonais. Regressam as linhas divisórias pretas como a fronteira entre as zonas de cor, conformando-se com uma espessura maior que, duplicada nas verticais, confere um certo dramatismo. O contorno estende-se por todo o perímetro da tela que revela assim os limites e as limitações que a sua condição de superfície plana impõe. Relativamente à obra anterior, esta introduz variantes: a aparição de rectângulos não divididos em triângulos e a disposição de formas que limitam com as adjacentes unicamente por um dos seus lados, o imprescindível para evitar que cheguem a flutuar sobre o fundo vermelho. Cromaticamente a composição mantém-se dentro de uma gama de cores primárias, vermelho e azul, e de branco e negro, mas adquirindo aqui uma intensidade que a torna mais eficaz.

Maria Jesús Ávila