C7

, 1953

Joaquim Rodrigo

Óleo sobre tela

73 × 92 cm
assinado e datado
Inv. 2365
Historial
Adquirido pelo Estado a José-Augusto França em 1998.

Exposições
Lisboa, 1954, 7; Lisboa, 1972; Paris, 1984; Paris, 1989; Madrid, 1989; Lisboa, 1997, 73, cor; Lisboa, 1999, 165, cor; Castelo Branco, 2002, 98, cor; Vila Franca de Xira, 2005, 83, cor; Lisboa, 2006; Lisboa, 2009.

Bibliografia
I Salão de Arte Abstracta, 1954, 7; Joaquim Rodrigo, 1972; FRANÇA, 1974, 414, p.b.; RODRIGO, 1982, p.b.; L’Artist du mois, 1984; FRANÇA, 1986, 569, p.b.; FRANÇA, 1988, cor; Peinture Portugaise Contemporaine, 1989; Portugal Hoy (…), 1989; Colecção José-Augusto França, 1997, 73, cor; LAPA, 1999, 25-27, 165, cor; SANTOS, 1999, 8, cor; LAPA, 2000, 33, cor; Figuração e Abstracção nas Colecções (…), 2002, 48-49, 98, cor; Um Tempo e Um Lugar: Dos Anos Quarenta (…), 2005, 83, cor.


A emoção e sensibilidade são guiadas por pautas indutivas que racionalizam a superfície da tela, se bem que o sensitivo seja ainda o principal elemento jogado para a consecução de um equilíbrio. Divisões curvilíneas transformam-se, pelo nascimento de dentes, num mecanismo parecido com a maquinaria de um relógio. As formas interligam-se e sugerem exactamente o seu movimento de rotação e arrastamento. Um movimento sem princípio nem fim, lento, propiciado pelo enrolar das formas sobre elas próprias. A resolução cromática, na procura da harmonia, resolve-se numa elaborada combinação de nuances secundárias, na gama dos castanhos e das não cores branco e preto, ainda que à primeira seja retirada a sua pureza, quando é ensurdecida pela mistura com outras cores. Esta obra, posteriormente subintitulada Fome, integrou juntamente com C9 e C10, o I Salão de Arte Abstracta, de 1954, que consolidará Joaquim Rodrigo como um dos protagonistas da abstracção geométrica em Portugal.

Pedro Lapa