A mãe

, c. 1871 – 75

Miguel Ângelo Lupi

Tinta-da-china sobre papel

25,7 × 30,5cm
Inv. 249
Historial
Doação de Fanny Munró, em 1915.

Exposições
Lisboa, 1940, 84, p.b.; Lisboa, 1945; Lisboa, 1979, 90; Lisboa, 1883, 27, p.b.; Lisboa, 1983, 27, p.b.; Caldas da Rainha, 1994, 16, cor; Lisboa, 2002, 73, cor.

Bibliografia
Exposição de desenhos de artistas da 2ª metade do século XIX, 1940, 84, p.b.; MACEDO, 1945, 15, p.b.; MACEDO, 1947, 4, p.b.; Porto, 1948, 113, p.b.; MACEDO, 1952, 18; PAMPLONA, 1954, vol. II; Lisboa, 1961, 41, p.b.; Miguel Ângelo Lupi: Evocação no Centenário da sua morte nas colecções do MNAC, 1983, 67, p.b.; Imagens da Família na Arte Portuguesa, 1994, 85, cor; SILVEIRA, 1994, 18, cor; SILVEIRA, TAVARES, GINGA, 2002, 130, cor.
Anima este desenho triste um contraste entre a densidade do traço que representa a Mãe e a síntese de linhas envoltas, que apenas indicam a criança no berço, prescindindo de uma visibilidade descritiva. Uma atenção ao claro-escuro está presente nas vestes da Mãe, que inclina o rosto preocupado sobre o berço. Concentra-se assim o tema no vértice superior da composição rigorosamente triangulada, veja-se a este propósito o panejamento da saia da senhora.
No outro caso, a intensificação do seu regime informal dilui a forma na zona inferior do desenho permitindo uma irrupção da expressividade pura.

Pedro Lapa