Miguel Ângelo Lupi
Lisboa , 1826 – Lisboa , 1883
Apesar de frequentar a Academia de Belas-Artes, optou por trabalhar na Imprensa Nacional de 1849 a 51, como funcionário público em Luanda, entre 51 e 52, na Junta de Fazenda Pública, em 1852 – 53 e no Tribunal de Contas de Lisboa de 1855 a 60, onde realizou com sucesso um Retrato de D. Pedro V, que lhe permitiu uma bolsa do Estado em Roma, onde copia obras de Ticiano e Correggio.
Leccionou a cadeira de Desenho da Academia em 1864 e de Pintura Histórica a partir de 1868, numa longa carreira pedagógica, dedicada ao ensino e à sua reformulação nesta instituição, elaborando um documento de reforma em 1879. Dedicou-se à Pintura de História, que trabalha com sucesso desde a sua prova de pensionista (D. João de Portugal), mas a sua importância revela-se na obra de retratista da sociedade burguesa fontista, ao longo da década de 70 e inícios de 80, em esquemas pictóricos de gradações tonais de fundos que valorizam e destacam o retratado. Introduz o realismo possível, na sua fidelidade ao desenho, à descrição minuciosa da figura, como no Retrato da mãe do Dr. Sousa Martins, através de uma forte observação psicológica e uma interpretação objectiva dos valores sociais (Retrato do Duque d’Ávila e Bolama).
Situa-se no cruzamento de duas gerações, e embora integrado na geração romântica, anuncia um novo formulário, próximo da geração naturalista, depois de consolidar a sua aprendizagem em Itália e de intercalar este estágio com o estudo da pintura realista francesa, que observara em Paris em 1867.
Maria Aires Silveira
Leccionou a cadeira de Desenho da Academia em 1864 e de Pintura Histórica a partir de 1868, numa longa carreira pedagógica, dedicada ao ensino e à sua reformulação nesta instituição, elaborando um documento de reforma em 1879. Dedicou-se à Pintura de História, que trabalha com sucesso desde a sua prova de pensionista (D. João de Portugal), mas a sua importância revela-se na obra de retratista da sociedade burguesa fontista, ao longo da década de 70 e inícios de 80, em esquemas pictóricos de gradações tonais de fundos que valorizam e destacam o retratado. Introduz o realismo possível, na sua fidelidade ao desenho, à descrição minuciosa da figura, como no Retrato da mãe do Dr. Sousa Martins, através de uma forte observação psicológica e uma interpretação objectiva dos valores sociais (Retrato do Duque d’Ávila e Bolama).
Situa-se no cruzamento de duas gerações, e embora integrado na geração romântica, anuncia um novo formulário, próximo da geração naturalista, depois de consolidar a sua aprendizagem em Itália e de intercalar este estágio com o estudo da pintura realista francesa, que observara em Paris em 1867.
Maria Aires Silveira

Retrato de Catraio e Mariana, conhecido por "Os pretos de Serpa Pinto"

Retrato da Viscondessa de Castilho, Cândida Castilho

Aguadeira de Coimbra

D. João de Portugal

Retrato do actor Augusto César da Rosa

Retrato da Marquesa de Belas

Retrato de D. Maria das Dores de Sousa Martins

Retrato do Duque d’Ávila e Bolama

A mãe
