Sem título

, 1948

Jorge Vieira

Terracota
7 × 19,5 × 7,5 cm
Inv. 2344
Historial
Doação do autor em 1995.

Exposições
Lisboa, 1949, s.p.; Lisboa, 1995, 55, cor; Badajoz, 2001, 127, cor; Lisboa, 2001, 127, cor; Vila Nova de Famalicão, 2001, 127, cor; Madrid, 2002, 127, cor; Lisboa, 2002; Lisboa, 2004; Lisboa, 2006; Lisboa, 2009.

Bibliografia
Jorge Vieira, 1949, s.p., GEORGE, 1949, p.b.; LAPA, 1995, 55, cor; Surrealismo em Portugal 1934-1952, 2001, 123, 127, cor; OLIVEIRA, 2007, 31, cor; SANTOS, Da Escultura à Colagem (…), 2002, 20.
Neste conjuto de esculturas abstractas, das primeiras realizadas em
Portugal, cerca de 1948, também parte delas expostas na primeira
exposição individual de Jorge Vieira na SNBA, a consciência das formas é
dúctil, valorizando as possibilidades do barro e sugerindo a sua
relação com a pressão da mão. São formas de ascendência biomórfica com
sentido orgânico, genericamente arredondadas, com superfícies muito
lisas, admitindo algumas terminações pontiagudas. Uma dimensão carnal de
punho erotizado não está ausente. Recusam a tradicional ocupação
unidimensional do espaço para, através da sua sinuosidade, estabelecerem
relações entre o cheio e o vazio que reconfiguram o espaço, tornando-o
participativo na própria escultura.

Pedro Lapa