Jardim das Esculturas

Entrada Livre

Noites de Verão 2020

2020-08-07
2020-08-28
Curadoria: Filho Único
As Noites de Verão estão de regresso ao Jardim de Esculturas do MNAC já a partir do próximo dia 07 de agosto.
As Noites de Verão são uma co-produção entre a Filho Único, a EGEAC, as Galerias Municipais de Lisboa e o Museu Nacional de Arte Contemporânea.
A edição deste ano reforça a identidade de um programa que aposta na dimensão ética da arte e no seu contributo enquanto fator essencial à vida coletiva.
Nesta 11ª edição das Noites de Verão, trazemos ao MNAC, nas palavras da produtora Filho Único, músicos e espetáculos com coragem, integridade, inteligência e honestidade emocional, ainda mais agora que nunca, no período desafiante que vivemos.

Siga os links e conheça um pouco mais sobre os artistas que vão transformar as suas Noites de Verão.


7 de Agosto, 19h00
Nuno Rebelo

Nuno Rebelo nasceu em Torres Vedras, em 1960. Formado em Arquitetura pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, destacou-se ao longo dos anos 80 pelo seu papel edificador na emergência e consistência de uma nova música popular independente em Portugal, integrando os Streetkids com Nuno Canavarro (1980-82) e liderando os Mler ife Dada (1983-89), pra além do trabalho como produtor em discos dos Pop Dell’Arte ou Linha Geral. Ao final da década lança o belo e mítico “Sagração do mês de Maio” na EMI-Valentim de Carvalho, uma composição inteiramente criada com sons e programação MIDI para o 3º desfile de moda “Manobras de Maio” que tomara lugar no Campo Pequeno. Dirigiu depois o grupo instrumental Plopoplot Pot e, entre 93 e 95, a Poliploc Orkeshtra, um ensemble de não-músicos constituído por alunos do Chapitô, que acompanhava com música ao vivo os filmes mudos "Nosferatu", de Murnau, e “Douro, Faina Fluvial”, de Manoel de Oliveira. Criou música para filmes, teatro e dança contemporânea, para criadores como José Nascimento, Edgar Pêra, José Wallenstein, António Feio ou Vera Mantero, e foi o autor de “Pangea” (o hino da Expo 98), e da música e sonoplastia do espetáculo “Oceanos e Utopias” (diariamente no pavilhão da Utopia, na Expo 98). Atualmente sediado em Barcelona, tem também desenvolvido e mostrado trabalho em esculturas sonoras, e continuado a preferir a performance em palco à gravação de registos, datando de 2013 o último CD “Removed from the flow of time (guitar solos, 1992-2012)” pela editora Creative Sources.

canal YouTube - https://www.youtube.com/c/nunorebelomusic/videos


14 de Agosto, 19h00
Cafetra apresenta Banda Fetra

"A Cafetra é composta por indivíduos que têm vindo a crescer e a afirmar-se. Somos muito distintos uns dos outros e bastante determinados. Não somos "uma coisa só" e ainda bem. A amizade que temos uns pelos outros é a responsável pelo facto de continuarmos juntos.” Era assim que Maria Reis passava-nos a visão, no final de 2014, a propósito da Noite Fetra & Amigos IV na Caixa Económica Operária. Ontem como hoje, a Cafetra é um grupo de amigos – que é um coletivo artístico e editora – que tem vindo a oferecer novos mundos - som, lírica, atitude – ao ecossistema da música independente nacional e além-fronteiras, como provam as sucessivas digressões internacionais de Pega Monstro ou a recente estreia de Rabu Mazda na carioca 40% Foda/Maneiríssimo. A evolução de caminhos das suas bandas e artistas é múltipla e pública, feita de conquistas e interrupções, turbulências e superações. Neste espetáculo-viagem ao património autoral do bando seremos guiados pela Banda Fetra, nome que escolheu para si o elenco conjunto constituído por Éme & Moxila, Iguanas, Lourenço Crespo, Maria Reis, Miguel Abras, Putas Bêbadas, Rabu Mazda e Sallim. Irão incluir repertório de cada um, em modo cancioneiro, com perspectivas de visitas ao passado revisionando outras forças emanadas ao longo destes cerca de 12 anos de vida da família Cafetra.  

Cafetra Records Bandcamp - https://cafetrarecords.bandcamp.com


21 de Agosto, 19h00
Susana Santos Silva

Susana Santos Silva é uma trompetista, improvisadora e compositora sediada em Estocolmo, tendo-se revelado nos últimos anos como uma das figuras europeias do jazz e da música contemporânea. Com um pensamento criativo e uma abordagem compreensiva de um vasto espectro de influências, da clássica à sound-art textural, à artista interessa-lhe esticar as possibilidades do instrumento, explorando novas formas de expressão na música, assim como a dissolução de barreiras entre composição e improvisação. Susana é líder dos seus grupos Life and Other Transient Storms e Impermanence; este último, depois da estreia em 2015, regressou este ano com “The Ocean Inside a Stone” também com Carimbo PortaJazz, o selo da associação cultural que ao longo de uma década tem instigado e celebrado a cena de jazz do Porto, na qual ocupa também um lugar na direcção. Co-lidera duos com Kaja Draksler, Thorbjörn Zetterberg e Jorge Queijo, entre outras participações, e tem também tocado com Fire! Orchestra, Mats Gustafsson’s Nu Ensemble, Evan Parker, Joëlle Léandre, Mat Maneri, Paul Lovens e Hamid Drake, e preparava-se para tocar ao lado de Anthony Braxton este ano. Data de 2018 o seu primeiro disco a solo, “All the Rivers” na Clean Feed, gravado ao vivo no Panteão Nacional, e merecedor de rasgados elogios da imprensa nacional e internacional.

Site oficial - https://susanasantossilva.com


28 de Agosto, 19h00
José Braima Galissá

Nascido no seio de uma família de griots da cultura mandinga, e um verdadeiro embaixador da música e da cultura da Guiné-Bissau em Portugal, Braima Galissá é um virtuoso absoluto da kora, a harpa africana de 22 cordas. A música tradicional griot, que emergiu com seus ancestrais na região Ocidental de África, é produto das famílias de poetas-cantores cujas canções de louvor e histórias de mitos e lendas constituem um papel fundamental na vida musical e cultural de África. Galissá começou a aprender o instrumento em meados de 1970, através do seu pai, e na década seguinte foi responsável e compositor do Ballet Nacional da Guiné-Bissau, para além de professor de kora na Escola Nacional de Música José Carlos Schwarz durante 11 anos. Em 1998 chega a Lisboa para viver, e logo forma a banda Bela Nafa. Ao longo dos anos realizou vários cursos para alunos da Escola Superior de Educação de Lisboa e Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa sobre música, literatura e cultura guineense, um empenho e comprometimento com as suas raízes e sua validade contemporânea verdadeiramente inalienável. Tem vindo a colaborar também como músico em peças de teatro, e em trabalhos discográficos de João Afonso, Amélia Muge, Blasted Mechanism ou Sara Tavares, entre outros. Neste concerto nas ‘Noites de Verão’ apresentar-se-á a solo, em voz e kora, num registo que muitos lisboetas felizmente já tiveram o privilégio de testemunhar, e que sempre produz uma genuína serenidade entre a plateia.

Vídeo c/ entrevista - https://www.youtube.com/watch?v=UEL5Y7vFZmw



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