O10–50

, 1950

Fernando Lanhas

Óleo sobre tela

75 × 75 cm
Inv.
Historial
Depositado por Fernando Guedes e Luís Fernando de Magalhães Guedes em 2009.

Exposições
Lisboa, 1953, 20; São Paulo, 1957, 8, p.b.; Macau, 1987, s.p., cor; Porto, 2001, 72, cor; Lisboa, 2006; Lisboa, 2009.

Bibliografia
Exposição de Pintura Abstracta de Fernando Lanhas, 1953, 20; 9 Pintores de Portugal na IV Bienal (…), 1957, 8, p.b.; Os Anos 40 na Arte Portuguesa, vol. I, 1982, 100; GOÇALVES, 1986, 115, cor; Os Anos 40 a 60 na Pintura Portuguesa, 1987, s.p., cor; GUEDES, 1988, 29, 46, cor; CERQUEIRA, 2001, 22, cor; Fernando Lanhas, 2001, 249; SERRA, 2007, 41, cor.
Arquitecto, pintor, astrónomo, botânico, Fernando Lanhas repartiu o seu talento por aquelas actividades, numa busca de verdades primordiais e universais. Tal como a ciência, a sua pintura prescinde da emotividade subjectiva para, em seu lugar, tornar visíveis os equilíbrios das formas e a essência do natural. Uma abstracção geométrica extremamente rigorosa preside à sua pintura, despojada de toda a expressividade cromática. Dois simples planos verticais neutros, ocre e azul-acinzentado, dividem o suporte quadrangular da tela. A composição completa-se com a disposição de linhas cinza uniforme, num jogo misto de ortogonais e diagonais, que traduzem um ritmo dinâmico e um equilíbrio estritamente bidimensional, assinalando uma vertente extremamente original na pintura portuguesa.

Raquel Henriques da Silva