Cais 44

, 1943-1944

Fernando Lanhas

Óleo sobre tela

31 × 45 cm
Inv.
Historial
Depositado pelo autor em 1995.

Exposições
Porto, 2001, 51, cor; Castelo Branco, 2002, 91, cor; Lisboa, 2002; Lisboa, 2006; Lisboa, 2008; Lisboa, 2010, s.p., cor.

Bibliografia
PINHARANDA, 1986, 16, 23, cor; GUEDES, 1988, 29, 40, cor; ALMEIDA, 1990, 29, cor; ÁLVARO, 2001, 219; Fernando Lanhas, 2001, 19, 51, 219, 269, cor; PINHARANDA, 2001, 269; Figuração e Abstracção nas Colecções (…), 2002, 42-43, 90, 91, cor; Um Tempo e Um Lugar (…), 2005, 154, cor; DIAS, 2005, 153, cor; SERRA, 2007, 12, 18-19, 30, cor; GONÇALVES, s.d., 157, cor; Um Percurso, Dois Sentidos, 2010, s.p., cor.

Arquitecto de formação, Fernando Lanhas constitui um dos casos mais significativos da pintura portuguesa do século XX. Neste óleo vigorosamente empastado, Lanhas define, num horizonte extremamente diluído, quase sem limites de mar e céu perceptíveis, uma estrutura ortogonal ascendente, de uma solidez geométrica. Apesar da quase ausência de modelação cromática, a estrutura geométrica impõe a sua volumetria através de uma articulação de planos, dados em diferentes tonalidades cinzentas uniformes, relevados porém nos seus empastes. A preocupação com as estruturas básicas naturais e a simplicidade universal das coisas são preocupações para-científicas do pintor que, logo em seguida, prescindirá por completo desta figuração diluída, a favor de uma abstracção geométrica e de uma contenção cromática inéditas na pintura em Portugal.

Raquel Henriques da Silva