O2–44

, 1943–1944

Fernando Lanhas

Óleo sobre cartão

71 × 44 cm
Inv. 2351
Historial
Adquirido pelo Estado ao autor em 1995.

Exposições
Porto, 1944, s.p.; Porto, 1944, s.p.; Leiria, 1945, s.p.; Lisboa, 1945, s.p.; Bruxelas, 1967, s.p., cor; Paris, 1968, s.p., cor; Madrid, 1968, s.p., cor; Lisboa, 1982, 101, p.b.; Lisboa, 1982, 61, p.b.; Madrid, 1987, 55, cor; Lisboa, 1998, 147, cor; Porto, 2001, 63, cor; Castelo Branco, 2002, 93, cor; Lisboa, 2002; Lisboa, 2004; Lisboa, 2006; Lisboa, 2009.

Bibliografia
Exposição Independente, 1944, s.p.; 3.ª Exposição Independente, 1944, s.p.; Exposição Independente, 1945, s.p.; 3.ª Exposição Independente (Selecção), 1945, s.p.; GUEDES, 1959, p.b.; Art Portugais: Peinture et sculpture du Naturalisme (...), 1967/1968, s.p., cor; COGNIAT, 1968, 9, p.b.; GONÇALVES, 1972, 299, p.b.; GONÇALVES, 1980, p.b.; Os Anos 40 na Arte Portuguesa, vol. II, 1982, 61, p.b.; Os Anos 40 na Arte Portuguesa, vol. I, 1982, 100, 101, p.b.; O Neo-Realismo, o Surrealismo (…), 1983, 330, p.b.; JORGE, 1984, 13-14; PINHARANDA, 1986, 16, p.b.; GONÇALVES, 1986, 114, p.b.; Arte contemporáneo portugués, 1987, 55, cor; GUEDES, 1988, 29, 42, cor; GONÇALVES, 1992, 34, cor; Colecção José-Augusto França, 1997, 63; SILVA, 1997, 395, cor; SILVA, 1998, 73, cor; O Que Há de Português (…), 1998, 146, 147, cor; GONÇALVES, 1998, 67, cor; GONÇALVES, 1999, 161; SANTOS, 2000, 16, cor; ÁLVARO, 2001, 213; FARIA, 2001, 37, p.b.; Fernando Lanhas, 2001, 17, 63, 224, 228-229, 237, 248, 269-271, cor; PINHARANDA, 2001, 269; POMAR, 2002, 41; SANTOS, Figuração e Abstracção (...), 2002, 43-44, 92-93, cor; DIAS, 2005, 162, cor; SERRA, 2007, 12, 15, 17-19, 32, cor; PINHARANDA, 2009, 129, cor.
Explorando questões latentes nos desenhos iniciados em 1942, Fernando Lanhas assume definitivamente a abstracção em 1944. O2–44 é a sua segunda obra neste domínio, mas a primeira quanto à plena consecução da bidimensionalidade. Desterrando qualquer pressuposto espacial, um feixe de linhas paralelas expande-se, retorce-se e quebra-se num ziguezague tensional que leva inscrito o movimento e ultrapassa o limite da obra, transbordando a composição para o espaço que a transcende. Modulações cromáticas dentro de uma grande restrição e ritmos arrastados pela acção da espátula resolvem a composição numa autonomia de elementos plásticos que o artista reconhecia na linguagem musical, a que fazia referência o primeiro título desta obra, O Violino, antes de ser renomeada consoante o racional sistema numérico que organiza a sua produção abstracta e que é reflexo do rigor geométrico e processual que organiza internamente as suas composições.

Maria Jesús Ávila