Entrada Livre

A Visão Incorporada

Performance para a Câmara

2014-03-05
2014-05-04
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BIOGRAFIAS

Vito Acconci (1940)

As práticas influentes, provocativas e muitas vezes radicais de Vito Acconci evoluíram da escrita através da arte conceptual, bodyworks, performance, filme, vídeo, instalação multimédia, escultura, design e arquitetura. Na década de 1970, Acconci produziu um corpo notável de obras conceptuais e performance based em vídeo e filme, nas quais se foca num diálogo psicodramático intenso entre o artista e espectador, corpo e o “Eu”, público e privado, sujeito e objeto. (EAI)


Anthony Ramos (1944)

Anthony Ramos, artista de performance e multimédia, foi um dos primeiros “vídeo-artistas” a utilizar este meio como uma ferramenta para criticar o próprio contexto dos mass media, assim como para documentar os diversificados aspetos culturais da sociedade e para examinar aquilo que os media apresentam comummente como "verdade". Nos seus poderosos, mas relativamente pouco vistos, trabalhos da década de 1970, Ramos procurou combinar arte e ativismo político, dando visibilidade aos indivíduos e comunidades mais marginalizadas. Nas suas primeiras peças de vídeo a preto-e-branco, Ramos envolve-se em performances para a câmara de uma frontalidade fortíssima, muitas vezes utilizando ações e a resistência física para comentar questões políticas. A obra About Media, 1977, é uma desconstrução incisiva de notícias de televisão. Documenta uma entrevista que Ramos deu ao repórter Gabe Pressman sobre o tema dos dezoito meses de prisão a que o artista foi condenado por causa de um protesto contra a Guerra do Vietname. Ramos apropria-se da entrevista contrastando a entrevista com filmagens não editadas e com o relatório final da notícia televisionada, expondo o artifício da máquina da imprensa. Também explora filmagens dos seus desempenhos iniciais na performance, ações extraordinárias como enervantes, incluindo Balloon Nose Blow-Up, que se relaciona com a influência de Allan Kaprow, com quem tinha Anthony Ramos estudou e trabalhou na Califórnia. (EAI)


Joan Jonas (1936)

Aclamada artista de performance e multimédia, Joan Jonas também é uma figura importante na videoarte. Dos seus seminais exercícios de performance da década de 1970 às suas posteriores narrativas televisivas, o esquivo retrato “teatralizado” que Jonas faz da identidade feminina é uma investigação original e intrigante. Formada em História da Arte e Escultura, Jonas era uma figura central no movimento da arte da performance de meados dos anos 1960. Em trabalhos que examinaram fenómenos espaciais e percetivos, a artista fundiu elementos da dança, do teatro moderno, das convenções do teatro japonês Noh e Kabuki, e as artes visuais. Jonas começou a utilizar o vídeo a par da performance na obra Organic Honey's Visual Telepathy (1972), na qual uma câmara ao vivo e um monitor funcionavam tanto como espelho e como dispositivo de disfarce, um meio para transformar e estratificar “camadas” de imagem, de espaço e tempo. A investigação de Jonas em torno da subjetividade e da objetividade das coisas é articulada através de um idiossincrático vocabulário pessoal de gestos ritualizados e autoanalíticos. Muitas vezes atuando com máscaras, véus ou trajes / fantasias, Jonas utiliza o disfarce e a máscara como conceito para estudar a semiótica pessoal e cultural dos gestos e símbolos femininos. A utilização por camadas de espelhos assim como as imagens espelhadas é um dos seus mais poderosos dispositivos metafóricos. Entre as estratégias formais da assinatura de Jonas estão a manipulação do espaço teatral e do vídeo, o uso do desenho para adicionar uma textura e densidade ricas em conteúdo, e também objetos que transmitem significado enquanto ícones culturais, arquétipos e símbolos. (EAI)


Gary Hill (1951)

Gary Hill é um dos mais importantes artistas contemporâneos que investigam as relações entre as palavras e as imagens eletrónicas. As suas investigações sobre a linguística e a consciência oferecem uma ressonante compreensão filosófica e poética, na maneira como explora as conjunções formais de elementos visuais e de áudio com o corpo e a consciência do “Eu”. Com rigor experimental, precisão concetual e saltos de descoberta imaginativos, o trabalho de vídeo de Hill é em si mesmo, e é acerca de uma nova forma de escrita. (EAI)


Julião Sarmento (1948)

Julião Sarmento vive e trabalha no Estoril. Com mais de quarenta anos de carreira, pode ser considerado como um dos mais internacionais artistas portugueses. De 1967-1970, estudou pintura e arquitetura na Escola Superior de Belas Artes, em Lisboa, onde também concluiu o seu Mestrado em 1976. Começou por expor filme, vídeo, obras sonoras, pintura, escultura, instalação e multimédia na década de setenta, mas também desenvolveu vários projetos site-specific significativos. Desde o ano de 1979 que Sarmento tem vindo a apresentar extensivamente a sua obra em todo o mundo. Foi incluído em duas Documentas (1982 e 1987) e representou Portugal em duas Bienais de Veneza. A sua obra está representada em coleções públicas e privadas em todo o mundo, tais como: o Museu Hirshhorn and Sculpture Garden, Washington DC , o Museu de Arte Moderna de São Francisco, o Museu Solomon R. Guggenheim, em Nova Iorque , o Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, o Musée National d'Art Moderne Centre Georges Pompidou, Paris, o Stedelijk Van Abbemuseum, Eindhoven, Holanda, o Museu Hara de Arte Contemporânea de Tóquio, no Japão, ou o Museo de Arte Carrillo Gil, Cidade do México, México. Em 2012/2013, Julião Sarmento realizou uma extensa exposição retrospetiva intitulada Noites Brancas, no Museu de Arte Contemporânea de Serralves, no Porto, Portugal.

 

Carolee Schneemann (1939)

O trabalho pioneiro de Carolee Schneemann varia entre diversas disciplinas, abrangendo pintura, performance, filme e vídeo. As suas investigações iniciais e visionárias das temáticas de género e sexualidade, identidade e subjetividade, bem como das tendências culturais da história da arte, lançou bases para muito do trabalho das décadas de 1980 e 1990. A sua postura desafiante relativamente a diversos assuntos tabu e certas tradições pode ser vista como inspiradora, influenciando artistas como Paul McCarthy, Valie Export, Guerrilla Girls, Tracy Emin ou Karen Finley.

Muitas vezes descrita como artista de performance, Schneemann primeiro estudou pintura, formação que enformou o curso de toda a sua obra posterior. Esta particular influência pode ser vista na sua identificação como pintora e “formalista”, na sua atenção a figuras da história da arte, como Cézanne, e também na sua vontade de realizar marcas e pintar sobre a superfície/película de alguns dos seus filmes. No entanto, o efeito da sua primeira experiência com a pintura também foi reativo e negativo; Schneemann reconheceu, como uma mulher na década de 1960 trabalhando num meio dominado pelos homens, que "o pincel pertencia ao esforço expressionista-.abstrato masculino. O pincel era fálico". Esta noção coincidiu com uma explosão de novas formas artísticas, e mesmo enquanto Schneemann não desistia da pintura, voltou a sua atenção para Nova Iorque, o centro vanguardista do cinema, da dança, do teatro e da performance. (EAI)

 

Jemima Stehli (1961)

Os trabalhos fotográficos de Jemima Stehli são experiências performativas onde a artista se coloca tanto como sujeito e como objeto da imagem, e muitas vezes como ambos. Ao fazê-lo, explora a relação entre escultura, fotografia e performance, e sublinha as tensões existentes entre estes meios. Várias obras de Stehli incorporam imagens icónicas de outros artistas, que vão desde Helmut Newton a Allen Jones ou Larry Bell, investigando as tradições da história da arte e explorando uma relação contemporânea com estas. Muito do trabalho de Stehli é realizado no seu estúdio, colocando o corpo da artista em relação aos outros meios de produção. O uso do espelho é fundamental para muitas destas obras, registando a imagem da artista em confronto com o seu próprio reflexo. O interesse no reflexo e na imagem duplicada desenvolveu-se em obras onde outras pessoas são convidadas a desempenhar um papel no trabalho (Strip 1999-2000), por vezes até como colaboradores como na série realizada com o fotógrafo conceptual Jonh Hilliard entre 2001 e 2004.


Marina Abramovic (1946)

Marina Abramovic vive e trabalha em Nova Iorque. Desde o início da sua carreira nos anos 1970, enquanto frequentava a Academia de Belas Artes de Belgrado, foi pioneira no uso da performance como uma forma de arte visual/plástica. O corpo foi tanto o seu assunto como o seu meio. Explorando os limites físicos e mentais do seu Ser, Abramovic tem resistido à dor, ao cansaço e ao perigo, na busca da transformação emocional e espiritual. Enquanto membro vital da geração de artistas pioneiros da performance, onde se incluem Bruce Nauman, Vito Acconci e Chris Burden, Marina Abramovic criou algumas das mais históricas e iniciais peças performativas e continua a fazer obras importantes em torno da duração e do tempo. Abramovic apresentou o seu trabalho em performance, som, fotografia, vídeo e escultura em exposições individuais em importantes instituições na Europa e os EUA. O seu trabalho também tem sido incluído em várias exposições internacionais de grande escala, incluindo a Bienal de Veneza (1976 e 1997) e a Documenta VI, VII e IX, Kassel, Alemanha (1977, 1982 e 1992). Abramovic tem lecionado extensivamente na Europa e América. Foi premiada com o Leão de Ouro de Melhor Artista na Bienal de Veneza de 1997, pela sua extraordinária obra de vídeo-instalação/performance, Balkan Baroque e, em 2003, recebeu o prêmio New Media Bessie pelo trabalho The House with the Ocean View, uma performance de 12 dias na Galeria Sean Kelly. Em 2005, Abramovic apresentou Balkan Erotic Epic na Fundação Pirelli em Milão, Itália e na Galeria Sean Kelly, em Nova Iorque. Nesse mesmo ano, realizou uma série de apresentações intitulada Seven Easy Pieces no Museu Solomon R. Guggenheim em Nova Iorque. Foi homenageada por este trabalho pelo Museu Guggenheim na Gala Internacional em 2006, e pela AICA - EUA, que a premiou como a Melhor Exposição de Time Based Art, em 2007. Abramovic está atualmente a desenvolver o Instituto Marina Abramovic (MAI) em Hudson, Nova Iorque, um centro de performance e educação interdisciplinar dedicado à apresentação e preservação de trabalho em performance de longa duração, assim como a promoção da colaboração entre arte, ciência , tecnologia e espiritualidade.


João Onofre (1976) 

João Onofre nasceu em Lisboa em 1976, onde vive e trabalha. Estudou na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa e concluiu o Mestrado em Belas Artes no Goldsmiths College, em Londres. Já expôs amplamente o seu trabalho individualmente em vários museus e galerias internacionais, a saber: João Onofre, I-20, em Nova Iorque (2001); João Onofre, PS1. / MoMA Contemporary Art Center, Nova Iorque (2002); Nothing Will Go Wrong, MNAC, Lisboa, e CGAC, Santiago de Compostela (2003); João Onofre, Kunsthalle Wien. Projetc Space Karlsplatz, Viena (2003); João Onofre, Magazin 4, Bregenz (2004); João Onofre, Toni Tàpies, Barcelona (2005); Cristina Guerra Contemporary Art, Lisboa (2007); João Onofre, Galleria Franco Noero, Turim (2007); Palais de Tóquio, Paris (2011). Onofre participou em inúmeras exposições coletivas internacionais, entre elas, mais notavelmente: Plateau of Humankind - The 49th Venice Biennale, Veneza; Human Interest no Philadelphia Museum of Art, Filadélfia; Performing Bodies, na Tate Modern, em Londres; Youth of Today, Schirn Kunsthalle, em Frankfurt, Video, An Art, A History 1965-2005 New Media Collection, Centro  Georges Pompidou, Sydney - Museu de Arte Contemporânea, Barcelona-Fundació La Caixa, Museu de Belas Artes de Taipei. O seu trabalho está representado em coleções públicas e privadas em todo o mundo, tais como: Museu de Arte Contemporânea, de Chicago; Albright-Knox Gallery, Buffalo, Nova Iorque, Centre Georges Pompidou - MNAM / CCI, Paris; Fundação Weltkunst, Zurique, La Caixa, Barcelona; MACS - Museu de Serralves, Porto; CAM - Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa; MNAC - Museu do Chiado, em Lisboa; GAM - Galeria de Arte Moderna e contenporanea, Turim; Centro Nacional des Arts Plastiques, Ministério da Cultura, Paris.

 

Bruce Nauman (1941)

Bruce Nauman é um dos nomes mais importantes e influentes da arte contemporânea. Os seus filmes seminais e películas dos anos 1960 e 1970 estão entre as contribuições mais inovadoras para a prática artística que lida com os novos meios audiovisuais. Nestes trabalhos conceptuais, Nauman utiliza o seu próprio corpo como objeto artístico, executando ações no espaço do seu estúdio. Explorando a fenomenologia do meio do vídeo e filme, incluindo o seu imediatismo, espaço e intimidade, os seus gestos gravados “em tempo real” exploram o próprio processo de fazer arte. O seu trabalho é reconhecido como um dos mais influentes e inovadores na arte contemporânea. (EAI)

 

Ana Pérez-Quiroga (1960)

Nasceu em Coimbra, Portugal. Vive e trabalha entre Lisboa e Shangai. É licenciada em Escultura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, tendo efetuado outros cursos: Curso Avançado de Artes Visuais do Ar.Co, Lisboa e o Mestrado em Artes Visuais e Intermédia na Universidade de Évora. Atualmente frequenta o 3º ano do Doutoramento em Artes na Universidade de Coimbra, como bolseira da Fundação para a Ciência e Tecnologia. Trabalha essencialmente com instalação e fotografia e os temas do seu trabalho vão desde a crítica institucional a um universo mais pessoal e íntimo de referências. Tem exposto regularmente desde 1999 em significativas exposições coletivas e individuais com especial destaque, respetivamente, para: Comer o no Comer, (Salamanca Art Centre, Spain, 2002), Made in Shanghai (MoCA – Museum of Contemporary Art, Shanghai ,2008), Arte Portuguesa do Século XX: 1960 – 2010 (MNAC– Museu do Chiado, Lisboa, 2012) e O assalto ao Castelo em 3 actos (Paço dos Duques de Guimarães, Guimarães, 2012). www.anaperezquiroga.com


Nuno Sousa Vieira (1971)

Licenciado em Artes Plásticas pela ESTGAD, Caldas da Rainha, Mestre em Pintura pela FBAUL, onde se encontra a realizar Doutoramento. Vive e trabalha entre Leiria e Lisboa. Tendo iniciado a sua atividade expositiva na primeira metade da década atual, destacam-se as seguintes exposições individuais: Vison Oublier L´Attente, Galerie Emmanuel Hervé, Paris, 2013, Sala de Exposição, Galeria Graça Brandão e Casa Museu Anastácio Gonçalves, Lisboa, 2013, Um Ateliê, uma Fábrica e uma Sala de Exposição nem sempre por esta ordem, Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, 2013, Two together, Pinta London, 2012, Wall Stop For This, Appleton Square, Lisboa, Somos nós que mudamos quando tomamos efetivamente conhecimento do outro, Museu da Cidade, Lisboa, 2011, Haben Gegenstände ein Gedächtnis?. Hans Mayer Gallery, Dusseldorf, 2010, Chão Morto, Carpe Diem, Lisboa 2009; To Draw An Escape Plan, Galeria Graça Brandão, Lisboa, 2009; Redesenhar, Empty Cube, Lisboa, 2008; SP(H)É(I), Galeria Graça Brandão, Porto, 2006; 1 Hour Later e Impossible Rectilinear Space (m/m# 1/6), CAV, Coimbra (2005). Paralelamente à sua carreira artística, Sousa Vieira tem vindo também a desenvolver uma atividade ligada à docência no IPT, Tomar e na FBAUL, Lisboa.


João Tabarra (1966)

Vive e trabalha em Lisboa. Curso de Fotografia na Ar.Co. (Lisboa). Expõe com regularidade desde o início da década de 1990. Foi o representante português na 25ª edição da Bienal de São Paulo, em 2002. Das várias exposições que tem realizado em contexto galerístico e institucional destacam-se o Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC), Galeria Cristina Guerra Contemporary Art, MNAC – Museu do Chiado (Lisboa), Museu de Serralves (Porto), ZDB (Lisboa), Galeria Graça Brandão (Lisboa), Centre d´Art Santa Mónica (Barcelona), Circullo de Bellas Artes (Madrid), entre outras. O seu trabalho está representado nas Coleções CAPC, FRAC – Rhône Alpes, Institut d´Art Contemporain, Museu de Serralves, MNAC – Museu do Chiado, entre outras. Em 2014 é apresentada no Centro de Arte Moderna (CAMJAP) uma exposição antológica do artista intitulada Narrativa Interior.


Bruno Pacheco (1974)

Vive e trabalha em Lisboa e Londres. Licenciatura em Pintura na Faculdade de Belas Artes de Lisboa, Bacharelato (1996-1999) e Mestrado em Belas-Artes (2003-2005) no Goldsmith College (Londres). Foi o vencedor da 8ª Edição do Prémio União Latina (2004). Das várias exposições individuais realizadas em Galerias e Instituições destacam-se Slow Motion Project, ESTGAD, Caldas da Rainha; Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa; Culturgest, Lisboa e Porto; Hollybush Gardens, Londres; Espaço Chiado 8, Lisboa e Casa das Histórias Paula Rêgo, Cascais. Participou na Sigma – Biennale Europea di Arti Visive, Centro d´Arte Moderna e Contemporanea della Spezia, La Spezia (2004) e na Beijing Biennale, National Art Museum of China, Pequim (2008). Está representado com obras nas coleções da Caixa Geral de Depósitos, CAM-FCG, António Cachola, PLMJ, entre outras.


Mónica de Miranda

Vive entre Lisboa e Londres. É artista, educadora, produtora e investigadora. Tem o Mestrado em Arte e Educação pelo Institute of Education, Londres e a pós-graduação em Arte Terapêutica pela Central School of Speech and Drama. Atualmente está a desenvolver o doutoramento na Universidade de Middlesex, em Londres, com o apoio da Fundação para Ciência e Tecnologia. É uma das fundadoras do projeto artístico de residências da rede da Triangle Network em Portugal. Expõe regular e internacionalmente desde 2004. Das suas exposições destacam-se: Once upon a Time (Carpe Diem-Arte e Pesquisa, Lisboa, 2013), An Ocean between us (Plataforma Revólver, 2012, Lisboa), Arquivos Secretos (AFL, Lisboa, 2013), L’art de exporte (Musée Calais, Calais, 2011), Underconstruction (Museu da Cidade,Lisboa, 2011), This Location (Mojo Galeria, Dubai, 2010), Verbal Eyes, (Tate, Trienal da Grã-Bretanha, Londres, 2009), London Caravan (Iniva ,Londres, 2008, United Nations (Singapura Fringe Festival, Singapura, 2007), Sintonia (Arquivo, Rio de Janeiro, 2007).


Merce Cunningham (1919-2009)

Merce Cunningham é uma figura seminal da vanguarda do século XX. O coreógrafo americano explorou os limites da dança durante mais de setenta anos. Emergindo do e repensando algumas das tradições do teatro, mas também do balett clássico e da dança moderna, Cunningham rearticula radicalmente a semiótica do corpo dançante e cria uma linguagem distinta que lhe sobreviveu. Ao longo da sua longa carreira, Merce Cunningham colaborou com uma série de cineastas e artistas que trabalham o vídeo, incluindo Charles Atlas, numa série de peças de dança pioneiras criadas especificamente para a câmara.

 

Johanna Billing (1973)

Johanna Billing nasceu em 1973, em Jönköping, Suécia. Estudou em Konstfack, Colégio Internacional das Artes, Artesanato e Design, em Estocolmo, onde tem vivido e trabalhado com cinema, vídeo e performance, desde que se graduou em 1999. Exposições individuais importantes e recentes incluem ”I’m Gonna Live Anyhow until I Die”, The Mac, Belfast (2012), "I'm Lost without your Rhythm", Modern Art Oxford, ”Moving In, Five films”, Grazer Kunstverein, Graz, (2010), ”Tiny Movements”, ACCA, Melbourne, "I'm Lost without your Rhythm", Camden Art Centre (2009), ”Taking Turns”, Kemper Museum, Kansas City, ”This is How We Walk On The Moon”, Malmö Konsthall, Malmö (2008); "Forever Changes ", Museum für Gegenwartskunst, Basel e ”Keep on Doing”, Dundee Contemporary Arts, Dundee (2007). Tem participado em mostras como a 4ª Trienal de Auckland,”Last ride in a hot balloon”, Auckland (2010), Documenta 12, Kassel (2007); Bienal de Singapura (2006), 9ª Bienal de Istambul; 1ª Bienal de Moscovo (2005) e 50ª Bienal de Veneza (2003). Johanna gere paralelamente também a produtora Make it Happen, com o seu irmão Anders, produzindo e organizando apresentações ao vivo.


Vera Mantero (1966)

Estudou dança clássica com Anna Mascolo e integrou o Ballet Gulbenkian entre 1984 e 1989. Iniciou a sua carreira coreográfica em 1987 e desde 1991 tem exibido o seu trabalho por toda a Europa, Argentina, Brasil, Canada, Correia do Sul, EUA e Singapura. Dos seus trabalhos destacam-se os solos “Talvez ela pudesse dançar primeiro e pensar depois” (1991), “Olympia” (1993) e “Uma misteriosa Coisa, disse o e.e.cummings*” (1996), assim como as peças de grupo “Sob” (1993), “Poesia e Selvajaria” (1998), “Até que Deus é destruído pelo extremo exercício da beleza” (2006) e “Vamos sentir falta de tudo aquilo de que não precisamos” (2009). Participa regularmente em projetos internacionais de improvisação ao lado de improvisadores e coreógrafos como Meg Stuart, Steve Paxton e Mark Tompkins. Representou Portugal na 26ª Bienal de São Paulo 2004 com o trabalho “Comer o Coração”, criado em parceria com o escultor Rui Chafes. No ano de 2002 foi-lhe atribuído o Prémio Almada (IPAE/Ministério da Cultura Português) e no ano 2009 o Prémio Gulbenkian Arte pela sua carreira como criadora e intérprete.

 

Ana Rito (1978)

Desenvolve a sua atividade entre a prática artística, a investigação e a curadoria, concebendo projetos de caráter transdisciplinar. Numa sequência de inúmeras apresentações individuais e coletivas destacam-se: “Melancolia”, CAPC - Círculo de artes Plásticas de Coimbra (2006), “Faccia Lei”, Spazio Tetis, Arsenale, 52ª Bienal de Veneza (2007), “PUPPE PROJECT”,Galeria MAM – Mario Mauroner Contemporary Art, Viena (2010), no âmbito do Festival Art&Film, o projeto “There is no World when there is no mirror”, no Palácio Pombal, inserido no Festival Temps d´Images (2010) e produzido pela Fundação Calouste Gulbenkian, “A Culpa não é minha” – A Coleção António Cachola, MCB (2010) e “O museu em ruínas”, MACE, (2011). É atualmente Bolseira da FCT, encontrando-se a realizar Doutoramento na especialidade de Instalação-vídeo, em torno da Imagem e das artes performativas.


Vasco Araújo (1975)

Vive e trabalha em Lisboa. Licenciatura em Escultura pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (1994-99). Curso Avançado em Artes Plásticas da Maumaus, Escola de Artes Plásticas e Fotografia (1999-2000). Vencedor do Prémio EDP Novos Artistas (2003). Residências artísticas na University of Arts (2007), em Filadélfia, no Baltic Center for Contemporary Art (2007), em Gateshead, Récollets (2005), em Paris e no Core Program (2003-04), em Houston. Participou na 13ª Bienal de Sidney (2002), 51ª Bienal de Veneza (2005), 1ª Bienal de Moscovo (2005) e 28ª Bienal de S. Paulo (2008). O seu trabalho tem sido mostrado em Instituições como CAM-FCG, Lisboa, MARCO, Vigo, Jeu de Paume, Paris, Museu de Serralves, Porto, S.M.A.K, Gent, entre outras. Está ainda representado nas coleções Centre Pompidou, Musée d´Art Moderne, CAM-FCG, Fundación Centro Ordóñez-Falcón de Fotografia – COFF, Museo Reina Sofia, Fundação de Serralves, Museum of Fine Arts Houston, entre outras.