Sala Polivalente

entrada: Condições Gerais

Marquise, 2007

Dominique Gonzalez-Foerster

2011-12-15
2012-01-22

Na sua participação na Bienal de São Paulo de 2006, Dominique Gonzalez-Foerster partiu da obra de Oscar Niemeyer, para questionar a relação entre o espaço expositivo e o contexto urbano, através de uma intervenção que reproduz e multiplica as colunas existentes, reconfigurando a leitura do ritmo e da proporção da arquitectura moderna.

A Marquise do Parque Ibirapuera, uma enorme pala de betão desenhada por Niemeyer, em 1954, torna-se, assim, tema e cenário deste filme, em que a artista revela o seu interesse pelo “moderno tropical” e desenvolve alguns temas recorrentes no seu percurso criativo, como as ideias de abrigo, recreio ou espaço potencial.

O relato intimista da vivência infantil do lugar, povoado pelos seus habituais utilizadores e, simultaneamente, pelas colunas introduzidas pela artista, serve de fio condutor para uma reflexão sobre o papel do observador na resignificação dos espaços e sobre a ambiguidade entre realidade e ficção, percepção e memória. Uma ambiguidade que decorre da própria natureza desta construção, que pode ser entendida como entidade autónoma ou parte de um edifício, como exterior ou interior, como zona de estada ou simples passagem, como espaço polivalente ou proposta retórica sem uma função específica…

À ambiguidade do espaço, associa-se ainda a indeterminação do tempo em que decorre a acção e a sua posterior narrativa e, acima de tudo, a subjectividade no narrador que surge, aqui, como possibilidade de convergência entre a dimensão humana e o espírito do lugar, num encontro que liberta momentaneamente a arquitectura da sua intrínseca imobilidade. Aparentemente tudo se movimenta sob a grande marquise. Tudo, excepto a própria construção. “Eppur si muove!”.

Helena Barranha

Em Exibição

The c(AI)rcles’s Pentagon

By Gencork | Sofalca

2025-05-28
2025-06-26
Curadoria: Portugal Faz Bem
A instalação de design/arte The c(AI)rcle’s Pentagon, que explora a ligação entre inteligência artificial, design (re)generativo, arte e sustentabilidade
Exposição individual

Caminhos

Coleção Millennium bcp

2025-05-16
2025-08-24
Curadoria: Emília Ferreira, Regina Branco e Joana d’Oliva Monteiro
Esta exposição coletiva aborda, a partir do tema da paisagem, o desejo da viagem ou a necessidade íntima de criar caminhos próprios
Exposição temporária

O FARDO DO HOMEM BRANCO

João Fonte Santa

2025-04-10
2025-07-03
Curadoria: Lúcia Saldanha e Rui Afonso Santos
O Artista recorre a uma linguagem figurativa que se vale dos paradigmas oitocentistas do Naturalismo - quer da pintura como da ilustração coevas, visualmente familiares e instituídos.
Exposição individual

ALDEBARAN CAÍDA POR TERRA

2025-03-13
2025-06-22
Aldebaran Caída por Terra é uma série de pinturas moldadas, com formas irregulares e orgânicas, onde o volume e incidência da luz se insinuam na forma de ver os (quase todos) rostos, pintados a pastel de óleo.
Exposição individual

Impressões Digitais. Coleção MNAC

2024-12-12
2026-12-30
Curadoria: Ana Guimarães, Emília Ferreira, Maria de Aires Silveira e Tiago Beirão Veiga
Constituída por obras fundadoras da historiografia da arte portuguesa contemporânea, de 1850 à atualidade, a coleção do MNAC guarda vários tesouros nacionais.
Exposição Permanente

Desde 1911

2022-05-26
2026-05-26
Uma intervenção que celebra os 110 anos do MNAC.
114 anos