Busto da Viscondessa de Moser

, 1882

António Soares dos Reis

Bronze
85,5 × 59 × 35 cm
assinado e datado
Inv. 534 – A
Historial
Integrado no MNAC, em 1922.

Exposições
Porto, 1940, 67, p.b.; Luanda, Lourenço Marques, 1948, 84, p.b.

Bibliografia
RODRIGUES, 1887, 23; ARTHUR, 1896, 70; BRAGANÇA, s.d. (c. 1936), 15; A obra de Soares dos Reis, 1940, XLII, p.b.; GRAÇA, 1941; PAMPLONA, 1954, vol. IV; Porto, 1945, 140; Exposição de Arte Portuguesa, 1948, 84, p.b.; GUSMÃO, 1947, 1056, 114; MACEDO, 1947, 15, p.b.; FRANÇA, 1967, vol. I, 458, p.b.; RIO-CARVALHO, 1986, 138, cor; LAPA, 1994, 138.
Este busto é das mais significativas obras do período naturalista de Soares dos Reis. A distribuição do modelado bem delimitado por zonas, expressivo e algo informe no decote e na touca, suave no peito e de pendor analítico no rosto, concentra a atenção neste – pólo moderno e naturalista – que revela um notável equilíbrio com os remates inesperadamente filiados num lirismo campestre – pólo clássico e evocador das floras romanas que Soares dos Reis terá estudado atentamente durante o seu pensionato. Destas permanências e modernidades resulta o inesperado sentido monumental de um retrato que no dizer de Diogo de Macedo se revela o de “mais sentida (…) realidade dum naturalismo que pela forma se confunde com a própria vida”.

Pedro Lapa