Manhã desconhecida

, 1951

Jorge de Oliveira

Óleo sobre platex

150 × 122 cm
assinado e datado
Inv.
Historial
Depositado pelo autor em 2006.

Exposições
Lisboa, 2006; Lisboa, 2008; Lisboa, 2008; Lisboa, 2009.

Bibliografia
A Pintura Portuguesa Contemporânea, 1972, 10; CHICÓ (et al.), 1973, 298; GONÇALVES, 1986, 64.
Após uma breve passagem pelo surrealismo de matriz figurativa, com referências ao pintor russo Eugène Berman, Jorge de Oliveira passa a integrar, a partir de 1949, a forte corrente abstracta que surgiu nos anos 40 no seio do Surrealismo internacional. Terrenos completamente inexplorados, situados para além do sonho e do inconsciente, característicos do Primeiro Surrealismo, são aqui explorados. Roberto Matta constitui-se como figura tutelar destas experimentações. Sobre uma composição de natureza paisagística, que situa o ponto de fuga no rasto humano de uma abandonada construção de mastros e velas, de traço minucioso, o pintor exerce um complexo trabalho automático de manchas indefinidas, surgidas da adição matérica, com raspados, arrastamentos verticais, sucessivas sobreposições e pinceladas gestuais em desordem, ou cruzamentos geométricos irregulares que conformam reservas, planos secundários e espaços de luz, originadores de uma rica espacialidade não referencial.

Maria Jesús Ávila