Desenho Habitado

, 1975

Helena Almeida

3 provas fotográficas a p/b em gelatina sal de prata, tinta da china e fio de crina de cavalo

60,5 × 49,5 cm, 60,5 × 55,5 cm, 66 × 63 cm
assinado e datado
Inv. 2598, 2599, 2600
Exposições
Paris, 1976, 2, p.b.; Lisboa, 1976, 49; Porto, 1976, p.2; Bolonha, 1977, s.n.º, p.b.; Lisboa, 1999; Vila Nova de Famalicão, 1999; Aveiro, 2000, 69, p.b.; Caldas da Rainha, 2000, 69, p.b.; Badajoz, 2000, 56 e 98, p.b.; Santiago de Compostela, 2000, 56 e 98, p.b.; Lisboa, 2001; Lisboa, 2002; Castelo Branco, 2003, 117, cor; Lisboa, 2008; Lisboa, 2010.

Bibliografia
Exposição de Arte Moderna Portuguesa…, 1976, 49; FRANÇA, 1976, 2, p.b ; Arte Fiera 77, 1977, s.p., p.b.; ROSA, 1988, 16; PINHARANDA, 1995, 643; CARLOS, 1998, 73, p.b.; WANDSCHNEIDER (et. al.)1999, 69, p.b.; MARIMÓN (coord.), 2000, 56 e 98, p.b.; ÁVILA, 2003,117, cor; CARLOS, 2005, 11; CARLOS (et. al.), 2005, 68, p.b.
O desenho consubstancia-se na superfície bidimensional do suporte fotográfico, ultrapassando-o e tomando forma no espaço para lá do quadrado. A noção de habitabilidade do desenho ou da pintura, recorrente nas outras obras aqui apresentadas, imbui toda a obra da artista numa intenção performativa que, contudo, é marcada pela distância do corpo enquanto superfície operativa e substituída pela objectualizacção dos conceitos, neste caso a linha do desenho. Em causa está também o romper da dimensão bidimensional, já que expelindo a linha do desenho para a tridimensionalidade, esse habitar da expressão artística completa-se no espectador, ao erradicar o formalismo da percepção, impondo a surpresa e o choque pelo animismo das formas.

Emília Tavares