Acrobatas

, 1947

José de Almada Negreiros

Guache sobre papel
51 × 63,5 cm
assinado e datado
Inv. 1483
Historial
Adquirido pelo Estado em 1952.

Exposições
Lisboa, 1952, s.n.º; Bragança, 1958, 24; Lisboa, 1982, 74, p.b.; Madrid, 1983, 64, p.b.; Barcelona, 1984, 37; Lisboa, 1984, 61, cor; León, 1984, 42; Lisboa, 1993, s.n.º, p.b.; Castelo Branco, 2001, 69, cor; Aveiro, 2001, 22, cor; Tomar, 2005, 3; Salamanca, 2007, 97, cor; Madrid, 2007, 97, cor; Badajoz, 2007–2008, 97, cor.

Bibliografia
Almada Negreiros, 1952, s.n.º; Meio Século de Pintura Moderna (…), 1958, 24; AZEVEDO, 1982, 74, p.b.; Almada Negreiros, 1983, 64, p.b.; ALMADA, 1984, 61, cor; ALMADA, 1984, 42; Almada Negreiros, 1984, 37; Almada: a Cena do Corpo, 1993, s.n.º, p.b.; SANTOS, 2001, 69, cor; Almada Negreiros, 2001, 22, cor; Almada Negreiros, 2005, 3; ÁVILA, 2007, 97, cor.
Embora se trate de um guache a presença da linha na definição das superfícies e do esquema geral da composição assume papel preponderante. A cor é plana e recusa o claro-escuro da sugestão de profundidade de espaço. A proximidade com os frescos da Gare Marítima da Rocha Conde de Óbidos, ainda em realização e até 49, é explícita. O aproveitamento hábil do contínuo do traço compõe em arabesco as figuras com grande economia de processo. A criação de encontros de superfícies em que um mesmo traço define parte de duas diferentes formas, que assim se tornam complementares, ou as sobreposições de planos que exibem arabescos e como tal dinamizam e realçam a omnipresença da linha, expõem um jogo de mestria levado até às suas consequências extremas. Se um poderoso desenho assim se afirma sobre a cor, é na exacerbação da mestria daquele que esta proposta poderá encontrar uma inesperada sugestão decorativa que limita os seus intentos.

Pedro Lapa