O vitelo

, 1873

Tomás da Anunciação

Óleo sobre tela
75 × 125 cm
Inv. 13
Historial
Adquirido pelo Legado Valmor para a Academia de Belas-Artes, no Leilão do Conde de Almedina, em 1909. Integrado no MNAC em 1911.

Exposições
Lisboa, 1871, 5; MNAC, 1913, 13; Paris, 1931, 34; Lisboa, 1932; Lisboa, 1941, 5; Lisboa, 1947; Lisboa, 1950; Paris, 1987, 80, p.b.; Lisboa, 1988, 80, p.b.; Lisboa, 2005; Lisboa, 2010.

Bibliografia
PARIS, 1926, 846; Pintura portuguesa no MNAC (...), 1927, 8, cor; BRITO, 1935, 163, p.b.; Portugal: A arte, os monumentos, a paisagem, os costumes, as curiosidades/ Lisboa: Museu de Arte Contemporânea, Fasc. 9, s.d. (c. 1936), 4, p.b.; BRAGANÇA, s.d. (c. 1936), 9; PAMPLONA, 1943, 63 e 71; PAMPLONA, 1954, vol. I, cor; MACEDO, 1955, 3, p.b.; MACEDO, 1961, XIV, p.b.; Um século de pintura e escultura portuguesas, 1965, 1, p.b.; FRANÇA, 1967, vol. I, 264, p.b.; COSTA, 1987, 10, p.b.; Le XIXe siècle au Portugal: Histoire-Societé-Culture-Art. Actes du Coloque, 1988, 22, p.b.; SILVEIRA, 1994, 3, cor; SILVA, 1995, 330, cor; FALCÂO, 2003, 71.
Figuração animalista e paisagem são dois vectores essenciais da visão artística de Anunciação que, através dessas temáticas, impôs a sua “tranquila revolução” (José-Augusto França), numa prática de pintura até então dominada pelos exercícios académicos.
A partir da década de 50 e até à sua morte, o animalismo revela-se componente importante na sua produção, sobretudo após a única e breve estada em Paris, já nos anos finais de uma elogiada carreira (1867). Terá então tido oportunidade de conhecer os grandes animalistas franceses como Rosa Bonheur sobretudo Constant Troyon.
A sua influência transparece nesta pintura, onde a luz adquire um sentido construtivo. Na abertura da pequena clareira à direita, a vista alarga-se e a pintura naturaliza-se, numa das primeiras manifestações, em Portugal, da estética de Barbizon, que só a geração seguinte retomaria com maior consciência e empenho moderno.

Maria Aires Silveira