Sala SONAE

entrada: Condições Gerais

Olhar dia, após dia, após dia

Leslie Thornton

2014-10-16
2014-11-16
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Atividades

2014-10-15 19h00
Leslie Thornton - Festival Temps d'Images
Inauguração da instalação video de Leslie Thornton Olhar dia, após dia, após dia,integrada no Festival Temps d'Images 2014
2014-11-15
2014-11-16

10h30
17h30
A violência no intervalo: política, experiência e discurso

Colóquio integrado na exposição de Leslie Thornton «Olhar dia, após dia, após dia», no âmbito Festival Temps d'Image 2014

15 de Novembro | 10h30/17h30 | Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado

Entrada livre

Organização: Unipop

Todas as informações em www.museuartecontemporanea.pt/pt e http://unipop.info

Na arte como na ciência, e nos seus cruzamentos, percorrer o tema da violência assemelha-se ao acto de caminhar sobre uma corda bamba, balançando entre perigo e potência. O intervalo entre experiência directa e articulação discursiva da violência será, pois, motivo para reflectir sobre a mediação da cultura – como percepção, reconhecimento e compreensão, mas também expressão e comunicação –, que ora estrutura ora desafia sensibilidades dominantes, as mais das vezes organizadas por uma moral fundada na dicotomia entre violência e a sua ausência.


Para esta conversa, a UNIPOP – na sequência de outras discussões sobre o tema em seminários e na revista 'Imprópria' – propõe como ponto de partida um conjunto de questões que parecem ser comuns a campos tão diversos como o cinema, a literatura, a música, a história, a antropologia ou a política. Em que condições é possível uma aproximação a situações de violência e quais as relações que se estabelecem com quem nelas está directamente implicado? Como reivindicar ou contestar a sua legitimidade? Que importância é dada à política da representação, no nexo entre intenção comunicativa e recepção, ou mesmo reapropriação, dos seus sentidos? Como são ponderados (des)equilíbrios entre exposição e mobilização de emoções, sentimentos e experiências pessoais? Que riscos e possibilidades são considerados nas práticas de mistificação ou esteticização da violência e da resistência? Quais as estratégias para desafiar géneros discursivos dominantes?

 

Programa

 

10h30: Painel 1 A violência filmada

Com João Canijo e Teresa Villaverde

Moderação por Tiago Baptista


11h45: Coffee break


12h: Painel 2 Poética da violência

Com Golgona Anghel e André Dias

Moderação por António Guerreiro


13h15: Intervalo para almoço


14h30: Painel 3 A ciência da violência

Com Mariana Carrolo e Ricardo Campos

Moderação por Luís Trindade


15h45: Coffee break


16h: Debate final

Com todos os participantes

Moderação por Miguel Cardoso

17h30: Encerramento

Oradores e moderadores

João Canijo é cineasta. Realizou, entre outros, os filmes 'Noite escura' (2004), 'Fantasia lusitana' (2010) e 'Sangue do meu sangue' (2011).

Teresa Villaverde é cineasta. Realizou, entre outros, os filmes 'Três irmãos' (1994), 'Os mutantes' (1998) e 'Transe' (2006).

Tiago Baptista é conservador e investigador na Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema. É docente no programa CIEE da Universidade Nova de Lisboa e na Universidade Católica Portuguesa e investigador associado do Instituto de História Contemporânea da UNL. É membro fundador e actual presidente da AIM – Associação de Investigadores da Imagem em Movimento e co-editor da 'Aniki: Revista Portuguesa da Imagem em Movimento'.

Golgona Anghel é autora de diversos livros de poesia, como 'Vim porque me pagavam' (2011) e 'Como uma flor de plástico na montra de um talho' (2013), e organizou a publicação dos 'Diários' de Al Berto (2012). É investigadora na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. É membro da Unipop.

André Dias é doutorando em Ciências da Comunicação/Cinema pela Universidade Nova de Lisboa e professor de Som e Imagem na ESAD – Caldas da Rainha.

António Guerreiro é crítico no jornal 'Público', tradutor e ensaísta.

Mariana Carrolo é doutoranda em História da Arte Contemporânea na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, com uma tese subordinada ao tema «Arquitectura Prisional Portuguesa: Forma, Experiência e Representação do Espaço. O Estabelecimento Prisional de Monsanto». É membro convidado do Instituto de História de Arte (IHA) da FCSH-UNL. Lecciona no estabelecimento prisional de Monsanto desde 2009.

Ricardo Campos é licenciado e mestre em Sociologia pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e doutorado em Antropologia Visual pela Universidade Aberta. É investigador do CEMRI – Centro de Estudos das Migrações e Relações Interculturais da Universidade Aberta. É igualmente um dos editores da revista 'Cadernos de Arte & Antropologia' e membro do grupo de pesquisa internacional On Walls.

Luís Trindade é historiador e professor de Estudos Portugueses em Birkbeck College – University of London. Publicou, em 2008, 'O Estranho Caso do Nacionalismo Português', acerca das relações entre o salazarismo e a literatura. Actualmente, a sua investigação centra-se cultura revolucionária e pós-revolucionária portuguesa. Coordenou recentemente o livro 'The Making of Modern Portugal' (2013).

Miguel Cardoso é mestre em English Studies em Birkbeck College, University of London, onde agora prossegue os seus estudos doutorais. Lecciona no Centre for International Exchange Education (Lisboa) e na Universidade Lusófona, no programa de mestrado Erasmus Mundus Docnomads. Desenvolve estudos no cruzamento das áreas de Estudos Modernistas e Teoria Crítica. Publicou, entre outros, os livros de poesia 'Pleno Emprego' (2013), 'Os engenhos necessários' (2014) e 'Fruta feia' (2014). É membro da Unipop.