Piso 1

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A MÃO-DE-OLHOS-AZUIS DE CANDIDO PORTINARI (1903-1962)

2017-10-13
2018-03-31
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Atividades

2017-11-09 18h30
Conferência “Chorinhos e canções, com flauta, cavaquinho e violões...” por Rodrigo Teodoro

Em finais do século XIX, nos anos que antecederam a implantação da República, no Brasil, surgia nos salões do Rio de Janeiro um novo gênero musical urbano que viria a representar, nas palavras de Heitor Villa-Lobos, “a alma musical do povo brasileiro”.

O “Choro” ou “Chorinho” foi se estabelecendo a partir da mistura de danças europeias e africanas, revelando-se nas composições e interpretações pioneiras do flautista Joaquim Callado (1848-1880) e consolidando-se, no século seguinte, através dos sucessos de mestres como Anacleto de Medeiros, Pixinguinha, Jacob do Bandolim, entre outros. Mas são as famosas rodas de Choro realizadas nos subúrbios carioca, meio a uma época ditatorial e entre guerras, que servirão como fonte inspiradora para Cândido Portinari pintar a sua obra “Chorinho” (1942).

 

Rodrigo Teodoro é natural de Belo Horizonte (Brasil) onde atuou como maestro,pianista e cravista em diversas orquestras, bandas e grupos de música antiga. À frente do grupo Capella Brasílica, gravou o CD “Modinhas”, aclamado pelas revistas Bravo, Concerto e Revista de História da Biblioteca Nacional (RJ). Na vertente popular foi idealizador, diretor musical e pianista do projeto SAMBA – 90 anos, que ofereceu ao público cursos sobre a história e interpretação deste gênero e que culminou em três concertos com a participação da consagrada cantora Elza Soares. Maestro licenciado em Direção de Orquestra pela Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais, Teodoro é mestre em Estudo das Práticas Musicais – Musica e Sociedade pela mesma universidade e mestre em Interpretação da Música Antiga pela Escola Superior de Música da Catalunha em cooperação com a Universidade Autónoma de Barcelona. Atualmente é doutorando em Ciências Musicais – Musicologia Histórica, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e membro fundador do grupo Musicologia Criativa, responsável pelo Encontro Ibero-americano de Jovens Musicólogos.



2017-12-09 16h00
Conferência “A presença de Portinari em Portugal: afinidades e contributos” por Luísa Duarte Santos
Da inicial divulgação da sua obra Café em periódicos afetos ao neorrealismo, à passagem do artista brasileiro por Lisboa a caminho da sua exposição na galeria Charpentier em Paris. Do encontro entre Portinari e Mário Dionísio numa redescoberta de afinidades pelos caminhos estético-artísticos de um novo realismo, centrado no humanismo e privilegiando tematicamente o povo, ao reconhecimento de uma expressão artística de alcance universal, a partir das raízes nacionais.

Luísa Duarte Santos é doutoranda (aguardando defesa da Tese) em História da Arte, especialidade História da Arte Contemporânea. Investigadora/membro colaborador no Instituto de História da Arte da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Mestre em Teorias da Arte, pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. Investigadora e curadora em inúmeras exposições biobibliográficas e de artes plásticas. Durante vários anos foi Técnica Superior Conservadora de Museus, no Museu do Neorrealismo. Foi bolseira de doutoramento da FCT. Tem vários ensaios e artigos publicados em catálogos e revistas, sobre temáticas, autores e artistas do século XX português.