Outono

, 1918

José Malhoa

Óleo sobre madeira

46 × 38 cm
assinado e datado
Inv. 427
Historial
Adquirido ao artista pelo Legado Valmor em 1918.

Exposições
Lisboa, 1918, 93; Lisboa, 1921, 124; Lisboa, 1928, 90; Caldas da Rainha, 1950, 118; Bruxelas, 1967, 8, p.b.; Paris, 1968, 8, p.b.; Madrid, 1968, 8, p.b.; Lisboa, 1980; Caldas da Rainha, 1981, 92, cor; Lisboa, 1983, SNBA, 24, p.b.; Lisboa, MNAC, 1983, 19, cor; Paris, 1987, 182, cor; Lisboa, 1988, 182, cor; Queluz, 1989, 84; Almada, 2001, 17, cor; Rio de Janeiro, 2003, 8, cor; Caldas da Rainha, 2005, 55, cor.

Bibliografia
Pintura portuguesa no MNAC(...), 1927, 31, cor; BRAGANÇA, s.d. (c. 1936), 12; MACEDO, 1948, 13, p.b.; MONTÊS, 1950, 68, p.b.; Panorama, 1955, 12; FRANÇA, 1967, vol. II, 287, p.b.; Art Portugais: Peinture et sculpture du Naturalisme à nos jours I, 1968, 8, p.b.; Arte Portugués: Pintura y escultura del Naturalismo a nuestros dias, 1968, 8, p.b.; Dicionário de pintores e escultores portugueses ou que trabalharam em Portugal, vol. 3, 1, 1973; Dicionário da Pintura Universal: Pintura Portuguesa, 1973, vol. 3, 222; FRANÇA, 1975, 19, p.b.; COUTO, 1981, 92, cor; Cinquentenário da morte de José Malhoa:, 1983, 71, p.b.; Malhoa nas colecções do Museu, 1983, 41, cor; COSTA, 1983, 53; RIO-CARVALHO, 1986, 56; FRANÇA, 1988, 49; FRANÇA e COSTA, 1988, 214, cor; SILVEIRA, 1994, 47, cor; PEREIRA, 1995, 340; Natura Artis Magistra: A natureza mestra das artes, 2001, 115, cor; FERREIRA, 2001, 90; COSTA e BRANDÃO, 2003, 48, cor, 40 cit.; Confluências de uma geração, 2005, 96, cor.
O autor pretende estabelecer uma sensação outonal através de uma cortina de pequenas pinceladas luminosas. Ramalho Ortigão entende esta obra como o resultado da influência de Claude Monet na pintura portuguesa e mais tarde, a crítica situa-o como exemplo intencional do divisionismo da estética pós-impressionista.
Na verdade, há uma tentativa de mostrar o indizível de uma paisagem em jogos luminosos, e de sobrepor, à evocação do motivo, jogos de pincelada solta, geradora de luz, característica de uma divulgação internacional, e tardia, do impressionismo de 1870. Como se Malhoa quisesse provar a sua capacidade de ser moderno.
No entanto, foi um exercício empírico e sem consequências, revelando a sua proverbial facilidade plástica sem pôr em causa um culto fixado nos valores celebratórios de um específico naturalismo.

Maria Aires Silveira