Adónis lutando com o javali

, 1862

António Manuel da Fonseca

Bronze

49 × 41 × 33 cm (base)
assinado e datado
Inv. 193
Historial
Pertenceu às colecções do rei D. Fernando II (1816 – 1885) que o mandou fundir em bronze, em Paris. Integrado no MNAC em 1914.

Exposições
Lisboa, 1863, 101; Paris, 1867; Madrid, 1871; Lisboa, 1950; Porto, 1999, 92, cor; Lisboa, 2005.

Bibliografia
Relatorio e Contas da Sociedade Promotora das Bellas-Artes em Portugal no Anno Social de 1862 – 1863, Lisboa, 1863, doc. 2; O Occidente, Lisboa, 1882, 241, grav.; BRAGANÇA, s.d. (c. 1936), 9; Porto, 1943, 201 – 2 p.b.; PAMPLONA, 1943, 201 – 202, p.b.; MACEDO, 1947, 2; MACEDO, 1950, capa, p.b.; PAMPLONA, 1954, vol. II; MACEDO, 1955, 8; As Belas-Artes do Romantismo em Portugal, 1999, 291, cor.
O episódio da lenda do deus fenício Adónis, ferido mortalmente por um javali no decurso de uma caçada, mas anualmente renascido por intervenção de sua mulher, é aqui representado no momento de combate entre o homem e a fera.
Este acontecimento, semelhante à lenda egípcia de Osíris, foi aceite na antiga Síria, divulgado pela cultura helenística através do poeta romano Ovídio, e amplamente estudado no século xix.
O interesse de A. M. Fonseca, representante único do neoclassicismo português, pela Antiguidade clássica e a raridade da sua produção escultórica acentuam a importância desta obra. O modelo em gesso, exposto na Promotora, foi adquirido por D. Fernando II e a sua fundição em bronze integrou a Exposição Universal de 1867.

Maria Aires Silveira