Paisagem (Auvers-sur-Oise)

, c. 1883

Artur Loureiro

Óleo sobre madeira

44 × 55 cm
assinado
Inv. 35
Historial
Prova de pensionista no estrangeiro enviada à Academia Real de Belas-Artes
de Lisboa (1876 – 79). Integrado no MNAC em 1911.

Exposições
Lisboa, 1913, 35; Lisboa, 1951; Paris, 1987, 59, p.b.; Lisboa, 1988, 159, p.b.;
Queluz, 1989, 56; Almada 2001, 5, cor; Lisboa, 2002; Lisboa, 2005;
Caldas da Rainha, 2005, 300; Lisboa, 2006; Lisboa, 2010.

Bibliografia
Arte/ Boletim da Sociedade Nacional de Belas-Artes, 1951, 14, p.b.;
MACEDO, 1953, 13, p.b.; PAMPLONA, 1954, vol. II; FRANÇA, 1967, vol. II, 49, p.b.;
FRANÇA, 1975, 15, p.b.; FRANÇA e COSTA, 1988, 189, p.b.; LAPA, 1994, 37, cor;
Natura Artis Magistra: A natureza mestra das artes. Almada, 2001, 99, cor;
FERREIRA, 2001, 90; Malhoa e Bordalo: Confluências de uma geração, 2005, 211, cor.
Pintura de ar livre, dentro do programa de escola de Barbizon, é em Corot que Loureiro se inspira para a representação das medas. Estas não são de modo algum as de Monet – desmaterializadas pela luz – mas volumes matéricos e tonais que um tratamento analítico ritma e perspectiva, na continuidade da estrada que parte do primeiro plano inabitado. O céu, entrevisto pelas luminosas nuvens, vagamente informes, estendendo-se até uma linha de horizonte baixa, amplifica o espaço. Distanciado, junto do motivo central, atrás de um cavalete, um pintor pinta o ar livre – metalinguagem de uma pintura de escola que, para além de assumir os seus valores, os representa como programa.

Pedro Lapa