Olympia I & II

, 2006

Gabriel Abrantes

Dois filmes 16mm transferidos para vídeo HD, cor, som, 9’08’’ (projecção sequencial).
Inv.
Historial
Colecção António Cachola. Depositado no MNAC- Museu do Chiado em 2011.

Exposições e Festivais de Cinema
Lisboa, 2008, Belfort, 2008, Pusan, 2008, Santa Maria da Feira, 2008, Barcelona, 2009, Paris, 2009, Lisboa, Belfort, 2010, Bucareste, 2010, Elvas, 2009, Guimarães, 2010, Londres, 2011, Santa Monica, 2011, Veneza, 2011, Lisboa, 2012.

Bibliografia
ABRANTES, 2010, p.26-41.
Partindo da imagem icónica e fundadora da Modernidade que foi a escandalosa pintura Olympia de Manet, Gabriel Abrantes retoma e revê algumas das linhas matrizes do entendimento modernista sobre as artes e a moral. O artista utiliza uma panóplia de recursos visuais e narrativos para construir um mosaico de referências culturais e estéticas que rompem deliberadamente com os entendimentos canónicos de qualquer delas. A estranheza que se instala advém dessa procura de uma plataforma de entendimento multifacetada, sem preconceitos de qualquer ordem, emergindo um caleidoscópio de referências que vão do cultural ao sexual, passando pela cultura de entretenimento, a denúncia dos sistemas económicos capitalistas ou as questões de género e travestismo. Sob o formato de díptico, em que à mulher-objecto se sucede o homem-objecto, o artista disseca os estereótipos de comportamento, de género, sexuais, comunicacionais e culturais, num cruzamento referencial que rompe com muitas barreiras e enunciados artísticos numa liberdade expressiva consistente. O filme foi premiado em 2010 no Festival de Cinema Experimental de Bucareste, Roménia, com o Kodak Cinelabs Prize.

Rui Afonso Santos