Ele mesmo-outro

, 1978-1979

Alberto Carneiro

284 provas fotográficas a p./b em gelatina sal de prata

dimensões variáveis
Inv. 2584
Historial
Adquirido pelo Estado em 2001.

Exposições
Lisboa, 1979, s.n.º, p.b.; Basileia,1979, s.n.º, p.b.; Lisboa, 1979, s.n.º, p.b.; Lisboa, 1991, 53, p.b.; Porto, 1991, 53, p.b.; Huesca, 1999; Lisboa, 2001, s.n.º, cor.

Bibliografia
Alberto Carneiro, 1979, s.n.º, p.b.; Alberto Carneiro: Ele mesmo – Outro, 1979, s.n.º, p.b.; FREITAS (et. al.), 1991, 53, p.b.; Alberto Carneiro…, 1999, 56-59, p.b.; PEREIRA (coord.), 2001, 37, cor; LAPA, 2001, s.n.º, cor; ÁVILA, 2003, 43, p.b.; ALMEIDA, 2007, 96-97, p.b.
A obra de Alberto Carneiro foi, neste período, muito influenciada pela poética do espaço de Bachelard e por um sentido dinâmico e expandido da obra de arte com o espectador. Nesta instalação, o artista fotografou um bosque seccionado em quadrículas que dão uma perspectiva estratificada da paisagem, dispondo-as depois num quadrado espacial segundo os quatro pontos cardeais. O espectador é assim confrontado com uma paisagem que o circunda e envolve, dando-lhe uma dimensão poética da matéria, tal como enunciava Bachelard e um misticismo cosmológico que também encontramos na sua obra. Para o artista, o espectador tem um papel fundamental no percurso da fruição e significado da obra, “lugar para cada qual se ver e se dar na dimensão da sua realidade”, em que a paisagem surge como lugar de fruição e de possibilidade estética no encontro entre o corpo e a matéria natural, segundo o seu conceito de arte ecológica.

Emília Tavares