Beau Fixe

, 1966

René Bertholo

Metal, banda de tri-acetato pintado e motor

23 × 100 × 13 cm
assinado e datado
Inv. 2573
Historial
Adquirido pelo Estado à Galeria 111 em 2001.

Exposições
Copenhaga, 1968, s.n.º, p.b.; Lisboa, 1972, s.n., p.b.; Lisboa, 2001, 157, cor; Lisboa, 2001, s.n.º, cor; Lisboa, 2002; Castelo Branco, 2003, 81, cor; Lisboa, 2004; Lisboa, 2007; Lisboa, 2008, 68, cor; Lisboa, 2010; Lisboa, 2011, 137, cor; Lisboa, 2013.

Bibliografia
René Bertholo…, 1968, s.n.º, p.b.; Colóquio, 1971, capa, cor; René Bertholo: “Modèles réduits”, 1972, s.n.º, cor; ACCIAIUOLI (coord.), 2001, 157, cor; LAPA, 2001, s.n.º, cor; ÁVILA, 2003, 81, cor; SERRA, 2006, 17, cor; GUIGON (et. al.), 2008, 68, cor; SILVA (et. al.), 2011, 136-137.
Subjacente aos aspectos de reflexão sobre a natureza do tempo e da sua assimilação à imagem do real, está também o efeito de encantamento lúdico e ilusório presente noutros mecanismos desenvolvidos pelo autor. Muito para além das imediatas influências do cinematismo de Tinguely, de cariz mais tecnológico e cenográfico e talvez mais próximo do maquinismo lúdico da realidade de Calder, o que se desenvolve nesta peça são os mecanismos que ativam a percepção da acção condicionando a tomada do virtual como realidade. O engenho mecânico é o vetor de dinamização de plácidos referentes que por via da ilusão se tornam numa paisagem animada. Ao deslocar o movimento do objecto concreto e imediato - o barco - para a dimensão imperceptível das nuvens instaura-se uma poética idílica maquinal. O tempo representa-se a si mesmo porque espelhado permanentemente, sem evolução.

Emília Tavares
 

Outras obras do artista