Visão móvel

, 1967

Eduardo Nery

Esmalte sobre acrílico sobre platex

60 × 90 × 5,5 cm
Inv. 2889
Historial
Adquirido pelo Estado em 2006.

Exposições
Lisboa, 1967, 7; Lisboa, 1997, 66; Tomar, 2004, 5; Lisboa, 2005, 7, cor; Lisboa, 2007; Lisboa, 2008; Lisboa, 2008, 93, cor.

Bibliografia
Eduardo Nery, 1967, 7; SOUSA, 1986, s.p., p.b.; AZEVEDO (et. al.), 1997, 66; GONÇALVES (et. al.), 2005, 7, cor, GUIGON (et. al.), 93, cor.
Um momento importante nas suas pesquisas cinéticas dá-se com Visão Móvel. Partindo do contraste entre preto e branco, a obra organiza-se em estruturas seriadas de faixas paralelas que se alternam na horizontal e na vertical, trabalhadas com linhas oblíquas, criando duas superfícies de projeção, a do suporte e a do plexiglas que a este se sobrepõe. A última destas superfícies repete a composição de base mas trocando a cor ou a direção de desenvolvimento das linhas interagindo com a primeira para originar fenómenos fisiológicos de percepção. Para tal, apoia-se na capacidade do olho humano que, incapaz de analisar contrastes regulares entre zonas pequenas de cor, sintetiza-as num efeito vibratório de movimento, que muda constantemente com a própria deslocacção e ângulo de visão do espectador.

Maria Jesús Ávila