Adriano de Sousa Lopes (1879- 1944) A blusa azul, 1925-28 óleo sobre tela, Col. MNAC-MC
Adriano de Sousa Lopes (1879- 1944) A blusa azul, 1925-28 óleo sobre tela, Col. MNAC-MC

Arte Portuguesa em Andorra

2018-02-27


Foi com entusiasmo que o Museu Nacional de Arte Contemporânea-Museu do Chiado recebeu o convite do Museu del Tabac para a concretização de um projeto expositivo de arte contemporânea portuguesa, proposta tanto mais significativa quanto esta embaixada artística, que confirma o estreitamento de relações diplomáticas entre Portugal e Andorra, se realiza em 2018, Ano Europeu do Património Cultural, assim sublinhando o papel da memória artística na nossa identidade comum.

Abarcando um período de mais de cem anos, o conjunto de 42 obras patentes na exposição Arte Portuguesa: 1850-1960 e pertencentes às coleções do MNAC-Museu do Chiado e da Casa Museu Anastácio Gonçalves, em Lisboa, reflete expressivos aspetos da história da arte contemporânea portuguesa. O conjunto escolhido – e a reflexão e contextualização artística da curadora – oferece uma abrangente e significativa panorâmica de obras de pintura e desenho nacionais, veiculando propostas plásticas de expressões e tempos diversos e oferecendo a Andorra uma primeira aproximação ao nosso património artístico e ao seu contexto de produção – neste caso, do que foi criado a partir de meados do século XIX e até aos meados do XX.

A Arte, como todas as formas de conhecimento, cumpre-se na comunicação. É por isso missão dos museus não apenas a sua salvaguarda e estudo, mas a efetiva partilha do saber relativo às obras à sua guarda, missão tanto mais importante quanto confrontada com outros tempos e espaços, com outras tradições e linguagens, em suma, com plurais heranças patrimoniais. Considerando o elevado número de portugueses em Andorra (cerca de 13.000) sublinha-se a importância desta comunidade nos destinos do Principado através das suas expressões artísticas.

Emília Ferreira

Maria de Aires Silveira

A exposição, que inaugura no dia 6 de março e que estará patente até dia 3 de junho, ocupa 2 salas temporárias do Museu del Tabac, em Andorra e é  acompanhada de um catálogo com textos da curadora Maria de Aires Silveira.