Pedro Paiva, João Maria Gusmão

Lisboa , 2001

Conheceram-se na Faculdade de Belas-Artes de Lisboa, onde ambos frequentavam o curso de Pintura. A sua parceria artística iniciou-se em 2001 na área do filme experimental analógico, fotografia e instalação, desenvolvendo paralelamente um labor ensaístico que é parte ativa e congregadora dos seus projetos. O seu trabalho apresenta-se como um vasto laboratório de experiências impossíveis que questionam o conhecimento empírico e toda a metafísica existencial. Com base numa crítica mordaz ao positivismo científico e na superacção da antítese entre tecnociência e poesia, integram no seu discurso artístico aspectos como a Patafísica de Alfred Jarry ou a “ciência das soluções imagináveis”, o nonsense e a obsolescência tecnológica. A utilizacção de processos obsoletos de reprodução da imagem, como o filme em 16 mm ou as projeções de slides, ajudam a corroborar um vocabulário estético assente em referências filosóficas como Nietzsche ou a literatura fantástica e de ficção científica. A sua carreira tem sido consolidada a nível internacional em eventos como a Bienal de São Paulo, Brasil (2006), Bienal do Mercosul, Porto Alegre (2007), Manifesta 7, Kassel, (2008) e PhotoEspaña, Madrid (2008). Em 2004 foram os vencedores do Prémio EDP Novos Artistas. Representaram Portugal na 53.ª Bienal de Veneza, realizada em 2009.

Emília Tavares


Artistas do Coletivo

João Maria Gusmão, Lisboa, 1979

Pedro Paiva, Lisboa, 1977