Miguel Palma

Lisboa , 1964

Iniciou a sua carreira artística em 1989, dando desde logo ao seu trabalho um carácter multifacetado, que deriva da multiplicidade de interesses do autor e das diversas identidades que este assume, quer durante o ato criativo, quer a propósito de uma acção performativa. Movendo-se num campo híbrido que cruza a criacção de instalações, conceção de maquinaria ou transformacção de objectos, que remetem para referências artísticas, científicas e culturais, o autor atua como artista, cientista e engenheiro, assumindo uma postura performativa que não deixa ainda de canalizar para as suas obras um sentido lúdico. É o imaginário da infância e adolescência do autor, o seu gosto pela aviacção, automobilismo, ciência e engenharia que interagem na conceção das suas obras, remetendo para um universo pessoal que, porém, não deixa de ser questionante e interpelativo, ligando-se a temas como o desenvolvimento tecnológico, a ecologia, a ideia de poder ou a crença nas imagens. Por outro lado, as suas peças não deixam de conter ainda uma leitura irónica / icónica, que é transposta também para o lado da História, ao citar nas suas performances, através de objectos e adereços, a II Guerra Mundial e a Guerra Fria, por exemplo. As suas obras têm sido exibidas em várias instituições, como o Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado, a Fundacção Calouste Gulbenkian, Museu Colecção Berardo, Culturgest, Fundacção de Serralves. Internacionalmente, tem exposto em Inglaterra, Estados Unidos, Espanha e França.

Leonor Oliveira