MNAC

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Artistas filmados

Em colaboração com a Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema

2011-07-01
2011-07-29

Amadeo de Souza-Cardoso, Maria Helena Vieira da Silva, Lourdes Castro, Helena Almeida, Jorge Molder, Fernando Lemos, Alberto Carneiro, Julião Sarmento, José Pedro Croft, Carlos Nogueira, Pedro Calapez, Pedro Cabrita Reis, Rui Chafes, António Sena, António Palolo, são artistas representados na colecção do MNAC - Museu do Chiado, que este ano assinala os Cem ANOS de existência. O aniversário foi o pretexto de partida deste programa onde se reúne um conjunto de títulos que dão a ver "artistas filmados". Pelos olhares matriciais de José Álvaro Morais e Paulo Rocha nos anos 1970 e 80 (MA FEMME CHAMADA BICHO, MÁSCARA DE AÇO CONTRA ABISMO AZUL), de Jorge Silva Melo, que a partir de meados da década seguinte iniciou um projecto retratista de artistas da sua geração; e de mais jovens realizadores que no decorrer da última década têm vindo a dialogar, nos seus filmes, com outras obras e personalidades, casos de José Neves, Renata Sancho, Margarida Ferreira de Almeida, João Trabulo, Teresa Villaverde, Luís Miguel Correia, Joana Ascensão, Olga Ramos e Catarina Rosendo, Catarina Mourão, Luís Alves de Matos.

 

PALOLO: VER O PENSAMENTO A CORRER

de Jorge Silva Melo

Portugal, 1995 - 41min

ANTÓNIO SENA: A MÃO ESQUIVA

de Jorge Silva Melo

Portugal, 2009- 60 min

com a presença de Jorge Silva Melo e António Sena

Jorge Silva Melo iniciou, em 1995, com PALOLO, uma série de "retratos de artista" no intuito de resgatar a memória de alguns contemporâneos e compor o retrato de conjunto de uma geração e das suas afinidades. A sessão reúne essa primeira incursão, pessoalíssima, e uma das últimas, sobre a obra de António Sena, que Silva Melo conheceu em 2003 por altura da exposição retrospectiva do pintor em Serralves. O primeiro é o título inicial de uma trilogia sobre a chamada Escola de Évora, através dos trabalhos e do percurso de António Palolo (1946-2000). O segundo foi filmado entre 2003 e 2009, sem preocupações exaustivas e históricas, mas, como diz Silva Melo, como "uma maneira de ver a transformação das formas no tempo." ANTÓNIO SENA: A MÃO ESQUIVA é uma primeira exibição na Cinemateca.

Sala Luís de Pina

Sex. [1] 19:30

 

MA FEMME CHAMADA BICHO

de José Álvaro Morais

com Maria Helena Vieira da Silva, Arpad Szenes

Portugal, 1976 - 79 min

O primeiro filme de José Álvaro Morais centra-se na figura da pintora Vieira da Silva e do seu marido, Arpad Szenes. Dois "estrangeiros"
(ela portuguesa, longe de Portugal, ele húngaro), dois franceses "por adopção" - essa particularidade também fascina o cineasta, para além do olhar sobre as respectivas obras e personalidades. Um belíssimo documentário "intimista", que continua a ser pouco divulgado e a merecer uma justa reapreciação.

Sala Luís de Pina

Seg. [4] 19:30

 

PINTURA HABITADA

de Joana Ascensão

Portugal, 2006 - 50 min

com a presença de Joana Ascensão

Joana Ascensão filma o trabalho de Helena Almeida, centrando PINTURA HABITADA "nas várias fases e elementos envolvidos no elaborado processo através do qual a artista plástica constrói as suas obras colocando em cena o próprio corpo". É sobretudo através desse trabalho que Helena Almeida é retratada, reflectindo "uma obra desenvolvida desde os anos 60, que explora os limites dos diferentes meios que Helena Almeida utiliza, sejam eles a pintura, o desenho, a fotografia ou o vídeo". O filme, que toma o título de empréstimo a uma obra de Helena Almeida, venceu o prémio Tobis para melhor documentário português de longa-metragem no DocLisboa 2006.

Sala Luís de Pina

Qua. [6] 19:30

 

POR AQUI QUASE NUNCA NINGUÉM PASSA

de José Neves

Portugal, 1999 - 58 min

POR AQUI QUASE NUNCA NINGUÉM PASSA é a primeira obra de José Neves e retrata a personalidade artística de Jorge Molder, centrando-se na figura e no trabalho fotográfico de Molder no contexto da preparação da exposição que este apresentou em Veneza na 48ª Bienal onde em 1999 representou Portugal. O título vem de uma exposição anterior de Molder e de uma inscrição na porta do seu laboratório fotográfico, onde parte da acção do filme se concentra.

Sala Luís de Pina

Sex. [8] 19:30

 

MÁSCARA DE AÇO CONTRA ABISMO AZUL

de Paulo Rocha

com Vítor Norte, Fernando Heitor, Inês de Medeiros

Portugal, 1988 -- 64 min

projecção seguida de conversa com Manuel Costa Cabral e João Mário Grilo

Quase vinte anos depois de POUSADA DAS CHAGAS, Paulo Rocha regressou a uma surpreendente "colagem" sobre o modernismo português, centrado em Amadeo de Souza-Cardoso. Entre a reconstituição dos anos do Orfeu e do manifesto futurista, a montagem de uma exposição na Gulbenkian e um onirismo jugulado, Paulo Rocha propôs uma das mais singulares e fascinantes visões desse mundo de cores e metais, tão saudosista quanto anarquizante, tão altaneiro quanto inseguro. A apresentar em cópia nova.

Sala Luís de Pina

Seg. [11] 19:30

 

PELAS SOMBRAS

de Catarina Mourão

Portugal, 2010 - 83 min

com a presença de Catarina Mourão

Catarina Mourão filma o universo de Lourdes Castro sem pedagogia, a partir do seu quotidiano, na sua casa e no seu jardim madeirenses, compondo um retrato de perceptível cumplicidade, que não deixa de evocar o anterior A DAMA DE CHANDOR (1998). "A construção do filme foi muito baseada na minha relação com a Lourdes Castro. PELAS SOMBRAS também é um documento sobre a minha relação com ela" (Catarina Mourão). Prémio Signis Portugal-Árvore da Vida do IndieLisboa 2010.
Primeira exibição na Cinemateca.

Sala Luís de Pina

Ter. [12] 19:30

 

LUZ TEIMOSA

de Luís Alves de Matos

Portugal, 2010 - 75 min

com a presença de Luís Alves de Matos

Luís Alves de Matos tem filmado artistas portugueses (João Penalva em 2001, Ana Hatherly em 2002, Fernanda Fragateiro em 2003, por exemplo).
Fernando Lemos é o último deles. A sinopse de LUZ TEIMOSA orienta-o para a poesia: "O mundo de Fernando Lemos é um mundo ferozmente despojado de qualquer lógica externa, dizia Jorge de Sena. O seu multifacetado gesto artístico confunde-se com a própria existência onde o princípio poético está antes de tudo. E é através da luz que teima em entrar através da porta semicerrada, que se vence o medo da vida no combate travado com a morte. E assim nasce cada palavra dentro de outra palavra e cada imagem dentro de cada imagem. De quantas facas se faz o amor? pergunta o poeta." Primeira exibição na Cinemateca.

Sala Luís de Pina

Qua. [13] 19:30

 

DIFICILMENTE O QUE HABITA PERTO DA ORIGEM ABANDONA O LUGAR

de Olga Ramos, Catarina Rosendo

Portugal, 2008 - 50 min

com a presença de Olga Ramos e Catarina Rosendo

Realizado por Olga Ramos, com investigação de Catarina Rosendo, DIFICILMENTE O QUE HABITA PERTO DA ORIGEM ABANDONA O LUGAR é um filme centrado no escultor Alberto Carneiro. A sinopse apresenta-o assim:
"um dos mais importantes artistas da sua geração, cuja obra se tem desenvolvido por um trabalho com e na natureza - e que hoje habita o mesmo lugar onde nasceu. Um regresso "a casa" que é também um retorno os lugares físicos e afectivos que o influenciaram." Primeira exibição na Cinemateca.

Sala Luís de Pina

Sex. [15] 19:30

 

FAZ-ME FACE

de Margarida Ferreira de Almeida

Portugal, 2002 - 52 min

com a presença de Margarida Ferreira de Almeida

Margarida Ferreira de Almeida partiu da montagem da exposição retrospectiva do escultor José Pedro Croft realizada no Centro Cultural de Belém em 2002 para documentar o trabalho do artista.
FAZ-ME FACE apresenta-se assim como o resultado de um olhar sobre vinte anos de trabalho artístico, compondo-se em boa parte de imagens de montagem de peças de Croft. Primeira exibição na Cinemateca.

Sala Luís de Pina

Seg. [18] 19:30

 

A FAVOR DA CLARIDADE

de Teresa Villaverde

Portugal, 2003 - 54 min

com a presença de Teresa Villaverde, a confirmar

Primeira incursão de Teresa Villaverde no terreno da não ficção, A FAVOR DA CLARIDADE foi filmado a seguir a ÁGUA E SAL e apresenta-se como um filme de Teresa Villaverde "para Pedro Cabrita Reis".
Compõe-se a partir da ideia "o artista, a arte e a criação", reunindo "fotos, cor ou preto e branco, fondus (negros), imagens de guerra, obras clássicas, mar, textos, músicas (...). O Pedro diz mesmo que a obra dele se faz de retalhos, uns ficam nos armazéns dos museus, outros acabam destruídos. E há a sua memória do passado, outros acabam destruídos. E há a sua memória do passado, doutras obras que com ele passaram, a criação não nasce do nada" (Teresa Villaverde). Primeira exibição na Cinemateca.

Sala Luís de Pina

Ter. [19] 19:30

 

JULIÃO SARMENTO: FLASHBACK

de Renata Sancho

Portugal, 2000 - 61 min

com a presença de Renata Sancho

Renata Sancho filmou Julião Sarmento olhando a sua obra a partir da exposição Flashback, comissariada no mesmo ano por James Lingwood. A perspectiva sobre a obra de Sarmento abarca os seus primeiros trabalhos em fotografia e filmes Super 8mm nos anos 1970 e os passos que, em finais dos anos 1990, o conduziram à escultura. O artista fala da sua obra na primeira pessoa. Integrando um lote de outros trabalhos que por essa altura relançaram a produção portuguesa dos "filmes de artistas", de que também é exemplo DA NATUREZA DAS COISAS, de Luís Miguel Correia, JULIÃO SARMENTO: FLASHBACK foi produzido pelo Laboratório de Criação Cinematográfica da FCSH para o Serviço de Belas-Artes da Fundação Calouste Gulbenkian. Primeira exibição na Cinemateca.

Sala Luís de Pina

Qua. [20] 19:30

 

DA NATUREZA DAS COISAS

de Luís Miguel Correia

Portugal, 2003 - 36 min

PEDRO CALAPEZ - TRABALHOS DO OLHAR

de Luís Miguel Correia

Portugal, 2010 - 48 min

com a presença de Luís Miguel Correia

A sessão reúne dois filmes de Luís Miguel Correia, respectivamente sobre os trabalhos de Carlos Nogueira e Pedro Calapez. DA NATUREZA DAS COISAS segue as exposições realizadas por Carlos Nogueira em 2002, acompanhando a sua concepção, transformação dos materiais e instalação dos elementos escultóricos guardando a respiração dos elementos naturais. Primeira exibição na Cinemateca, PEDRO CALAPEZ - TRABALHOS DO OLHAR segue o artista no seu atelier ou na montagem de uma exposição, um trabalho cenográfico e as obras públicas, "revelando o seu processo de criação, indagando a própria especificidade da pintura (...), a riqueza e as dimensões do trabalho artístico de Calapez".

Sala Luís de Pina

Ter. [26] 19:30

 

DURANTE O FIM

de João Trabulo

Portugal, 2003 - 70 min

com a presença de João Trabulo

A sinopse apresenta-o como "uma viagem ao universo artístico, interior e secreto do escultor Rui Chafes. No atelier, território de eleição do artista, percebe-se como tudo acontece: do barulho das máquinas ao silêncio que envolve a concepção e idealização de cada escultura, surgem sons, imagens e vozes de outros tempos." Prémio revelação do II Festival Luso-Brasileiro de Sta. Maria da Feira em 2003, DURANTE O FIM estreou em sala em 2011.

Sala Luís de Pina

Sex. [29] 19:30