Auto-retrato

, 1885

Luciano Freire

Óleo sobre tela

66 × 55 cm
assinado e datado
Inv. 796
Historial
Adquirido após a morte do artista, em Janeiro de 1934. Integrado no MNAC em 1935.

Exposições
Lisboa, 1937, 203.

Bibliografia
MACEDO, 1954, 13, p.b.; RIO-CARVALHO, 1986, 112; PAMPLONA, 1987, vol. II, p.b.
Luciano Freire praticou uma pintura de um simbolismo discreto e sensível, que se evidencia neste auto-retrato de juventude. O rosto surge a três quartos, dramaticamente iluminado de lado, de barbicha cuidadosamente aparada. Ele destaca-se da brancura do colarinho, e da gravata com alfinete cravejado, moldurados pelo fato em pinceladas mais soltas. Ao fundo, destaca-se da obscuridade o rosto ambíguo de um dos escravos escultóricos de Miguel Ângelo, num testemunho estético algo decadentista sublimado numa vertente confessional.

Raquel Henriques da Silva
 

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