CICLO COLECIONAR ARTE

2018-02-28
A Direção dos Amigos do Museu do Chiado, em parceria com o Instituto de História da Arte, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, vão organizar uma nova sessão do Ciclo Colecionar Arte.

Vamos conhecer a coleção de arte contemporânea portuguesa e internacional que Nuno Félix da Costa tem vindo a reunir nas últimas décadas. Colecionador meticuloso, que procura a qualidade e extrair sensações das obras de arte, a coleção que reúne preenche o espaço doméstico, quase em modo de horror vácuo. Nela, convivem, nos vários médiuns, obras de arte contemporânea portuguesa (Julião Sarmento, Pedro Casqueiro, Jorge Martins, João Hogan, Mário Botas, Paula Rego), com obras de artistas internacionais do pós-guerra, sobretudo europeus e norte-americanos (Martin Kippenberger, Marküs Lupertz, Jörg Immendorff, Jan Voss, Arnulf Rainer, Karel Appel, Sue Williams, Asger Jorn, Antoni Tàpies, Arman, César, Christo, Roberto Matta, Jim Dine, Georg Grosz), incluindo peças exigentes (escultura de Jake & Dinos Chapman). É, ainda, de destacar o mais recente interesse em colecionar fotografia a preto-e-branco (Henri Cartier-Bresson, Bill Brandt, Brassaï, Weegee).

Em conversa com Paulo Pires do Vale, Nuno Félix da Costa dará a conhecer o seu perfil de colecionador, as suas motivações, os artistas e as obras que o apaixonam, o percurso colecionista e algumas questões de mercado.

Dia 28 de fevereiro à 18h30

Nuno Félix da Costa

Nasceu em Lisboa a 5.12.1950, onde vive e trabalha.

Médico, psiquiatra, professor da Faculdade de Medicina de Lisboa.

Adquiriu a primeira peça aos 19 A, uma pintura de Mário Botas.

Foi sócio de Galeria Alda Cortez, nos anos noventa, período em que ampliou a sua coleção em particular com arte portuguesa contemporânea. A partir do início do século desloca o seu interesse para a arte contemporânea europeia e americana contando para o efeito com o apoio do Víctor Pires Vieira. Mais recentemente, desde 2005, inclui na sua coleção um núcleo de fotografia delimitado: dos anos 30 até ao início do digital integrado apenas por fotografia a preto e branco.

 

Paulo Pires do Vale

Professor, ensaísta e curador; Presidente da Associação Internacional de Críticos de Arte - Portugal, desde 2015.

É licenciado e Mestre em Filosofia pela FCSH - Universidade Nova de Lisboa. Leciona na Universidade Católica Portuguesa, na Escola Superior de Educadores de Infância Maria Ulrich e no Departamento de Arquitetura da UAL.

É autor de Tudo é outra coisa. O desejo na Fenomenologia do Espírito de Hegel, Colibri, 2006; e de muitos ensaios para revistas, livros e catálogos de exposições coletivas e individuais.

Entre as exposições mais recentes que comissariou, destacamos:  Pliure (Prologue), Fondation C. Gulbenkian, Paris, 2015; Pliure (Épilogue), Palais des Beaux-Arts, Paris, 2015; Lourdes Castro - Todos os Livros, Museu Calouste Gulbenkian, 2015; Não te faltará a distância. Uma exposição em quatro passos, Igreja de São Cristovão-CML, 2016; Festival de l´incertitude. Fondation Gulbenkian, Paris, 2016; Ana Hatherly e o Barroco. Num Jardim Feito de Tinta. Museu Calouste Gulbenkian, 2017.